A força-tarefa instituída pelo Ministério Público de Goiás para apurar as acusações de abuso sexual feitas contra o médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, recebeu até esta segunda-feira (17/12) um total de 506 mensagens sobre a investigação, a maioria delas por meio do endereço [email protected], criado com esta finalidade no dia 10. O grupo tem se dedicado a avaliar quais desses contatos caracterizam potenciais vítimas de abuso sexual e à realização de oitavas com cada uma delas.
Também foi registrado o aparecimento de possíveis vítimas de mais três Estados: Ceará, Mato Grosso e Rio Grande do Norte. Além desses casos, as denunciantes se identificaram como sendo de Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Pará, Santa Catarina, Piauí e Maranhão. Do exterior, são seis países diferentes com denúncias coletadas. Há relatos oriundos da Alemanha, Austrália, Bélgica, Bolívia, Estados Unidos e Suíça.
Além das mensagens e contatos, o MP-GO já recebeu também 30 depoimentos formalizados, coletados em diferentes Estados do Brasil.
Reforço
A força-tarefa instituída pelo procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres Neto, agora é formada por seis promotores e duas psicólogas da equipe do MP. O grupo é composto pela promotora Cristiane Marques de Sousa, titular da Promotoria de Abadiânia, onde os fatos teriam acontecido e onde tramitarão eventuais ações penais; o coordenador e o coordenador adjunto do Centro de Apoio Operacional (CAO) Criminal do MP, Luciano Miranda Meireles e Paulo Eduardo Penna Prado; a coordenadora do CAO dos Direitos Humanos, Patrícia Otoni, e os promotores Gabriella de Queiroz Clementino, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e Steve Gonçalves Vasconcelos, de Alexânia. As psicólogas são as servidoras Liliane Domingos Martins e Lícia Nery Fonseca. Uma delegada também foi incluída na força-tarefa, após reunião entre o MP e a Diretoria-Geral da Polícia Civil.
O procurador-geral de Justiça também encaminhou no dia 11 um ofício-circular aos procuradores-gerais de Justiça dos MPs Estaduais e do Distrito Federal solicitando que sejam designadas unidades de atendimento para coleta de depoimentos de possíveis vítimas do médium.
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