O movimento continua. A 3° edição da mobilização que pede a saída do governador do Estado, Marconi Perillo (PSDB), surpreendeu – novamente – aqueles que acreditavam na extinção da passeata. Desta vez, apesar da pequena estrutura de organização, o suporte veio da própria população que aderiu ao movimento e buzinou, gritou e aplaudiu os manifestantes nas ruas da velha Campininha.
Mais de duas mil pessoas participavam às 12h 30min, do encerramento das atividades na Praça Joaquim Lúcio, em Campinas, segundo dados da Polícia Militar. Sem a colaboração da Agência Municipal de Trânsito (AMT), como houve nas outras duas edições, os participantes se reuniram em frente ao Lago das Rosas, às 10 h, e seguiram pelas Avenidas Anhanguera e 24 de Outubro, até a Joaquim Lúcio, onde realizaram panfletagem e discursos “contra a corrupção que invadiu o governo tucano”, palavras dos organizadores.
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A 3° Edição do ForaMarconi contou, predominantemente, com jovens estudantes no corpo da passeata. A surpresa, porém, foi a integração popular da maioria que estava em Campinas e acabaram aderindo ao movimento. “Estávamos preocupados, pois não teríamos o apoio da AMT, no entanto, foi surpreendente como os próprios motoristas entenderam e participaram da manifestação. Não houve reclamações nem tumulto, ao contrário, as pessoas buzinavam e gritavam juntos: ‘Fora Marconi’”, narrou um dos organizadores, Vitor Hipolito (22).
Vitor acrescentou ainda que foram verificadas na internet várias tentativas de fragmentar a manifestação. “Pessoas do governo criaram uma série de outros movimentos para desviar o foco do ForaMarconi. Estão tentando nos desestabilizar, mas continuaremos firmes até que o governador seja de fato deposto”, afirmou o estudante.
Apesar da redução no número de pessoas, os organizadores avaliaram terem realizado mais uma edição de sucesso. “Já sabíamos que o número de participantes seria reduzido, até pela mudança do local, mas é fácil verificar também que houve a presença de pessoas diferentes no movimento. O objetivo é de fato este, atingir o maior número possível de goianos, em todas as regiões”, concluiu Vítor Hipolito.
NOVIDADES DO CRIME
Escutas da Polícia Federal revelaram a existência de uma parceria entre o crime organizado e o governo de Goiás. As gravações mostram que a contravenção investia nas campanhas eleitorais para consolidar uma administração criminosa que garantia a sobrevivência das ações ilícitas. A quadrilha atuava em praticamente todas as áreas da administração pública interferindo, inclusive, nas indicações de nomes para cargos públicos estaduais.
Segundo informações da PF, quantias milionárias foram colocadas em caixas de computador a pedido de Cachoeira e entregues a pessoas relacionadas ao Palácio das Esmeraldas. Nos últimos dias foi revelado ainda que a casa onde Carlinhos Cachoeira foi preso, que pertenceu ao governador de Goiás até o fim do último ano, teria sido vendida ao empresário Valter Paulo Santiago, dono da Faculdade Padrão e beneficiário do maior programa de concessão de bolsas de estudo no Estado.
Marconi declarou anteriormente que não conhecia Santiago, mas as gravações demonstraram o contrário. As incoerências nas falas do governador foram constatadas também nas declarações de Imposto de Renda do governador e outras, reveladas pelo site Goiás 247 nas últimas semanas
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