O evento que marcou a criação da Secretaria Municipal de Esportes de Goiânia neste sábado (22) teve um desabafo da representante da família Fernandes. Janildes, que atualmente preside a Federação Goiana de Ciclismo (FGC), revelou que as atletas goianas da família ficaram fora das Olimpíadas de Tóquio por falta de apoio do poder público.
Quando teve o microfone, ela revelou que buscou apoio no valor de R$ 200 mil durante o ciclo olímpico para custear a disputa de competições importantes para a obtenção dos índices.
Janildes relatou que os patrocínios privados não seriam suficientes para custear todo o ciclo, que já estava na metade quando o apoio foi solicitado.
“O ciclismo é um esporte caro. Fiquei muito triste. Você chega no meio do caminho, depois de muita luta, e precisa interrompê-lo por um valor tão baixo como esse”, afirmou a ciclista.
A presidente da FGC afirmou que este seria o último ciclo da família Fernandes, mas o sonho de Tóquio precisou se interromper pela falta de apoio. “Este seria nosso último ciclo. Pedimos R$ 200 mil de apoio para prosseguir na classificatória olímpica. Tínhamos grandes chances de estar em Tóquio. É um valor muito pequeno para o poder público e não obtivemos esse respaldo”, desabafou.
Janildes ainda disse que, em ano de Olimpíada, é comum que governos deem atenção aos esportes, mas só isso não é suficiente. “O atleta sofre muito com falta de incentivo. Os órgãos públicos querem dar incentivo no ano que o atleta já está classificado, em ano olímpico. Nosso ciclo é de quatro anos, então não é por aí. A família Fernandes sempre sofreu com isso”, destacou.
Por isso, segundo a atleta, a recriação da Secretaria de Esportes é fundamental para que as modalidades olímpicas tenham investimento frequente. “Quero que a história do nosso esporte seja mudada. Não desejo isso para as próximas gerações”, concluiu.
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