22 de dezembro de 2024
Política

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“Novo diretório representa interesses de Iris Rezende”, diz Emival de Oliveira, ex-presidente da executiva metropolitana

Apesar da aparente estabilidade que paira no PMDB, remanecentes de uma ala da legenda que desaprova o apoio à reeleição de Paulo Garcia (PT) apresentam suas críticas e dizem presenciar o “sepultamento de seu partido”. Entre os descontentes está Emival de Oliveira, presidente do diretório dissolvido em outubro do ano passado, e que se diz representante dos militantes que apoiam projeto nacional, de candidatura própria.

“Assisto de longe e com tristeza esta nomeação do novo diretório. Não existe no PMDB mais a vontade da militância, pois acredito que atualmente 80% dos filiados defendem uma candidatura própria. O que estamos presenciando é um conjunto de pessoas que são colocadas para atender aos interesses de um único membro, contrariando o crescimento do próprio partido. A decisão, antecipada por Iris Rezende, desrespeita Goiânia e os goianienses por não se preocupar com administração da nossa Capital”, reclama ex-presidente.

Por outro lado, Iris vislumbra o crescimento e fortalecimento da sigla. “Estamos nos preparando para as eleições de outubro deste ano e não devemos conviver com a divisão, mas com a coesão do partido. Não vamos alimentar grupos independentes. O partido é um só e irá continuar sua histórica unido para a conquista de mais vagas nos executivos goianos e nas câmaras municipais”, explica o ex-governador.

HISTÓRICO        

Os conflitos que tumultuaram a legenda em 2011 teve início com a postura assumida por Emival de Oliveira, que, segundo o presidente estadual, Adib Elias, foi de encontro ao regulamento do partido. O resultado foi a dissolução do diretório, por meio de um requerimento aprovado por nove votos a um, por membros da executiva.

Após a destituição do diretório metropolitano, Emival de Oliveira acreditava que o próximo passo seria sua expulsão: “Se eles não entregarem a minha cabeça para o Iris eles deverão sofrer o mesmo destino no diretório estadual. Já posso esperar meu pedido de expulsão”, afirmou o peemedebista na época.

Errou. Conforme antecipou o presidente estadual do partido, Adib Elias, a expulsão não seria necessária: “Decidimos pela dissolução, mas ninguém pretendia expulsar ninguém do partido. Durante discussões é normal que os ânimos se exaltem, mas eu entendo que não existem motivos para penas maiores”.

Segundo Adib as contradições são normais, o que não justifica a desfiliação de nenhum peemedebistas: “Todos os membros do diretório dissolvido poderiam até mesmo formar chapas para disputar as próximas eleições para o diretório, o que não fizeram. Eu também já defendi assuntos que não foram bem sucedidos, mas nem por isso eu deixei o PMDB ou deixei de trabalhar em prol do mesmo”.

Até o fim de 2011 o tema candidaturas próprias em 2012 eram a maior polêmica. Durante todo o processo de dissolução o presidente estadual do partido reforçou a orientação nacional do partido sem apresentar a confirmação da decisão antecipada por Iris Rezende, de apoio à reeleição de Paulo Garcia (PT). Iris voltou às cenas e a polêmica sobre apoio ou não ao PT, são águas passadas.


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