Escolhido para presidir a Petrobras no governo de Jair Bolsonaro (PSL), Roberto Castello Branco afirmou nesta terça-feira (20) que a estatal terá como prioridade a exploração do pré-sal.
“O foco da Petrobras deve ser na aceleração da exploração do pré-sal”, disse ao deixar o CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), onde funciona o gabinete do governo de transição.
O futuro presidente da petroleira evitou comentar quais os segmentos da empresa podem passar por privatização. Segundo ele, o modelo a ser adotado ainda está em discussão.
“Ao longo de novembro, dezembro [se definirá o modelo] para chegar em janeiro pronto para enfrentar os desafios. Agora é a pré-temporada, o campeonato só começa em janeiro.”
Ele evitou falar sobre o projeto da cessão onerosa, cuja votação está prevista para esta terça no Senado. “Está em discussão ainda”, disse.
O projeto de lei em discussão no Congresso autoriza a Petrobras a abrir mão da exclusividade da exploração de petróleo em áreas sobressalentes da região chamada de cessão onerosa, hoje exclusiva da estatal.
Segundo cálculos da equipe econômica, os leilões poderiam gerar R$ 100 bilhões em receitas para a União. Já o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), que se comprometeu com o próximo governo a dar celeridade ao projeto, disse que o valor a ser arrecadado pode ser ainda maior e chegar a R$ 120 bilhões, R$ 130 bilhões.
Questionado sobre o compromisso de partilhar os recursos da cessão onerosa com Estados e municípios, assumida pelo futuro ministro da Economia, PaulovGuedes, Castello Branco disse que essa é uma atribuição do governo.
“Isso não é função da Petrobras. Isso é uma questão do governo. Decisão do Executivo, não é da empresa”, afirmou.
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