A eliminação nas semifinais do Campeonato Carioca, perdendo por 1 a 0 para o rival Botafogo, resultou em severas ações no Flamengo nesta quinta-feira (29). Um dia após a derrota, a diretoria demitiu o diretor-executivo Rodrigo Caetano e o técnico Paulo César Carpegiani.
Caetano já vinha sendo contestado, mas contava até com o apoio do presidente Eduardo Bandeira de Mello. Diante do resultado, porém, o mandatário foi pressionado por aliados políticos e pela torcida.
O recado inicial foi dado pelo vice-presidente de futebol, Ricardo Lomba, logo depois da derrota para o alvinegro no Maracanã. O cartola, revoltado com a postura do time na semifinal, sinalizou que haveria mudanças no departamento. Seu grupo político, Sofla, base de sustentação de Bandeira, já não gostara da contratação de Carpegiani e da manutenção de Caetano. Após a derrota, a pressão aumentou.
Rodrigo Caetano estava no clube desde 2015 e foi responsável pela montagem dos elencos que foram ficando mais caros ao longo das temporadas. Ele carrega no currículo o título carioca do ano passado, e já teve passagens por Grêmio, Vasco e Fluminense.
Carpegiani assumiu como técnico em janeiro deste ano, e estava em sua terceira passagem pelo clube. Ele é ex-atleta do Flamengo.
O Flamengo tem o maior investimento do futebol carioca, com uma receita que representa o dobro dos rivais e folha salarial maior que a dos outros três grandes times. Mas isso não se refletiu em campo. Após um bom início, o time já perdeu dois mata-matas no Rio (para o Fluminense e Botafogo) e não apresenta futebol consistente em campo.
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