A boa vitória por 4 a 1 sobre o Boavista no último sábado (28), na estreia pelo Campeonato Carioca, era o alento que o Flamengo precisava para amenizar a semana conturbada.
Não bastassem os dois tropeços -Vila Nova (GO) e Serra Macaense- nos amistosos preparatórios para a temporada, o Rubro-negro viu um de seus principais dirigentes ser preso em investigação de corrupção da Polícia Federal. Flávio Godinho, então vice-presidente de futebol, é acusado de repassar mais de R$ 50 milhões em propinas ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.
O caso caiu como uma bomba na Gávea, ainda que o clube ressalte que os crimes ocorreram fora dos muros da Gávea e trate como “problema de cunho pessoal de Godinho”. Internamente, porém, a diretoria não escondia a irritação com a imagem arranhada e com o discurso do ex-vice de futebol de que “não havia chance de prisão”.
Com o elenco concentrado no CT Ninho do Urubu, em Vargem Grande, distante das polêmicas, o caso não chegou a atrapalhar o dia a dia do futebol -ntigamente comandado por Godinho. A mancha, no entanto, era inevitável. E a diretoria não escondia o desejo por um resultado positivo para “virar a chave”.
Com a prisão do ex-vice de futebol, até mesmo “conquistas” como o lançamento do patrocínio milionário de uma linha de energéticos e o contrato com a TV Globo para a transmissão do Campeonato Carioca ficaram em segundo plano.
O objetivo agora é retomar o futebol como destaque do noticiário. Depois da vitória na estreia, o Flamengo volta a campo na próxima quarta-feira (1), em Volta Redonda, para encarar o Macaé. Mais que uma boa sequência para manter a liderança do grupo B da Taça Guanabara, o clube espera abafar de vez a fase tumultuada gerada pelos acontecimentos fora de campo.
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