12 de agosto de 2024
Cidades

“Fizemos o que não era feito desde a década de 70”, afirma Paulo Garcia sobre Mobilidade

Paulo Garcia diz que investimentos em Mobilidade não eram feitos desde os anos 70 (Foto: Samuel Straioto)
Paulo Garcia diz que investimentos em Mobilidade não eram feitos desde os anos 70 (Foto: Samuel Straioto)

Paulo Garcia (PT) deixa o mandato de prefeito de Goiânia após seis anos à frente da administração municipal. Sobre Mobilidade Urbana, o gestor argumentou que desde a década de 1970 não eram realizados grandes investimentos nesta área. Ele espera que a próxima gestão continue tomando providências nesta área.

O prefeito argumentou que foi o responsável pela implantação de 100 km de ciclovias na cidade. Para ele, não haverá retrocesso neste tipo de política. Paulo Garcia destacou que ainda colocou em prática a redução de velocidade no Centro de Goiânia, que ajudou a diminuir acidentes.

“Eu saio realizado. Plantamos a semente definitivamente da implantação dos modais de mobilidade urbana que existem no mundo todo. A bicicleta compartilhada está aqui. O ciclo ativismo hoje é uma realidade na nossa cidade. As ciclovias, ciclofaixas, ciclorotas, são mais de 100 quilômetros, inexistentes antes da nossa administração. Os corredores que desde a década de 70, ninguém trabalhava este tipo de alternativa, temos alguns implantados. Corredor Universitário, 85, T-63, o BRT é uma obra que não tínhamos expectativa de entrega-la pronta, é uma obra longa, que corta toda a cidade do Eixo Norte Sul, começa lá no Terminal Cruzeiro do Sul até no Recanto do Bosque na Região Noroeste. Implantamos a redução da velocidade no Centro de Goiânia, é um projeto que preserva a vida, reduz o número de acidentes e a mortalidade. Fizemos o que não era feito desde a década de 70. Quem entrar depois de nós terá que dar continuidade deste trabalho”, disse.

Questionado se teria ficado frustrado por não entregar alguma obra na área de Mobilidade, o prefeito declarou que já é um “homem calejado” e que as demandas da cidade não tem fim. Para ele uma cidade sempre será uma “obra inacabada”.

“Querer a gente sempre quer. Hoje sou um homem calejado, um homem que vivenciou um longo período de uma grande cidade brasileira, como é Goiânia. Eu tenho a convicção plena que um espaço urbano é uma obra sempre inacabada. Aquele que se imaginar capaz de terminar tudo que é necessário por um espaço urbano, ou não conhece aquilo que está a fazer ou não está preparado para vivência diária. As demandas são infindáveis, cada dia surgem novas demandas, novos obstáculos, não há de se terminar nunca uma cidade. A cidade é um ser vivo e a cada dia se modifica”, argumentou.

Obras a serem continuadas

De acordo com o diretor da CMTC, Sávio Afonso, além do BRT, ficará para a próxima gestão terminar o corredor da Avenida T-7. Ele destacou que há recursos disponíveis para que Iris Rezende continue as obras.

Sávio Afonso afirma que alguns itens do corredor já estão bem adiantados, mas há outros que ainda não.

“As obras do corredor T-7 é uma obra complexa porque envolve várias situações. Envolve mudança de pavimento, construção de calçadas, ciclovias, ciclofaixas e ciclorotas, iluminação, arborização. Cada tipo de trabalho tem um percentual, por exemplo, a parte da ciclovia temos 85% já concluída, a parte de calçada um percentual menor, a parte de pavimentação em torno de 50% concluída, ou seja, o conjunto da obra temos que fragmentar”, explicou.

Em relação a outros corredores, Sávio Afonso destacou que estão licitados, tem previsão de recursos federais que não foram repassados por conta da instabilidade político-econômica do governo federal.

“Nós havíamos feito ao longo do ano passado e neste ano, todo o processo de licitação dos demais corredores, da T-9, 24 de outubro, Independência, conclusão do corredor da T-63 e 8, só que diante da crise institucional, financeira, da mudança no governo federal, houve uma mudança de planos, mas os recursos estão garantidos. As obras não tem nenhum processo de paralisação, estão num patamar mais lento, em função do período chuvoso, mas não temos problema nenhum de recursos do governo federal”, explicou.


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