29 de dezembro de 2024
Cidades

Financiamento para VLT ainda é dúvida

Dos projetos selecionados pelo governo federal para resolver os problemas de mobilidade urbana, apenas 10% estão em fase de obras, de acordo com levantamento obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo. Entre eles, está o projeto de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Goiânia.

O modelo inicial do financiamento a esses projetos era de que a grande parte dos R$ 50,3 bilhões seria financiada pelo governo federal, com recursos do Orçamento Geral da Uniao, cerca de R$ 20,3 bilhões, e empréstimos a taxa privilegiadas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou da Caixa Econômica Federal, aproximadamente R$ 20,7 bilhões.

Desta forma, os governos estaduais iriam contribuir com R$ 8,1 bilhões e as prefeituras, com R$ 1,1 bilhão. No entanto, o governo federal pretende utilizar de recursos de parceiros privados, de acordo com o jornal. “A orientação é procurar alternativas sem recorrer novamente às formas tradicionais de financiamento”, informou o secretário Nacional de Transporte e Mobilidade Urbana, Dário Lopes.

A expectativa é de que sejam contruídos, para o VLT de Goiânia, 13,6 quilômetros de extensão, 12 estações e cinco terminais de integração, que ligará os extremos Oeste e Leste da capital. Além disso, o VLT contará com 30 composições de dois carros com capacidade de transportar até 600 passageiros.

O VLT é uma parceria público-privada entre o governo federal, que arcará com R$ 215 milhões, governo de Goiás, com R$ 590 milhões, e a concessionária que possui o controle acionário, a Odebrecht Transport, com R$ 495 milhões.

Segundo o secretário Dário, o governo e a iniciativa privada estão avaliando a viabilidade de cada projeto brasileiro. A intenção é de que a participação das empresas seja maior. “Não podemos aumentar a incerteza do setor privado: temos de dizer claramente qual a capacidade de financiamento do governo e dos bancos neste momento”, disse.

O VLT de Goiânia não está na lista dos 73 empreendimentos prioritários para o governo federal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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