A final da Copa do Brasil entre Flamengo e Cruzeiro conta com um fato marcante. A busca pelo título começa na próxima quinta-feira (7), às 21h45 (de Brasília), no Maracanã, e o time do Rio terá de lidar com nove “inimigos íntimos” na Toca da Raposa. Eles atuaram pelos rivais do Rio de Janeiro e são conhecedores do clube da Gávea. Enquanto os cariocas querem neutralizar as armadilhas e dicas, os mineiros trabalham para aproveitar todo o conhecimento e surpreender na busca pelo título e da vaga antecipada na Copa Libertadores de 2018.
Os clubes não possuem uma rivalidade íntima e acirrada, apesar do considerável histórico de decisões. A paz predomina para mais uma final entre eles. No entanto, o elenco mineiro aproveita quase um time de “cariocas” no momento de importante definição na temporada.
Fábio, Dedé e Alisson defenderam o Vasco. Diogo Barbosa, Rafael Marques e Sassá atuaram pelo Botafogo. Digão, Rafael Sóbis e Thiago Neves estiveram no Fluminense. O último também passou pela Gávea em 2011 e foi uma das referências do Rubro-negro ao lado de Ronaldinho Gaúcho.
Dos nove, cinco têm condições de atuar: Fábio, Diogo Barbosa, Thiago Neves, Alisson e Rafael Sóbis. Rafael Marques e Dedé estão no departamento médico. Sassá e Digão não foram inscritos na Copa do Brasil.
Ainda que estejam fora da lista do clube para os jogos do torneio nacional, Digão e Sassá tornaram-se peças fundamentais no vestiário da Raposa desde que chegaram.
A dupla tem acompanhado os jogos ao lado dos colegas de plantel a fim de passar confiança e conversar sobre as possíveis dificuldades encontradas nos duelos de mata-mata. Na semifinal contra o Grêmio, os dois foram ao Mineirão e, inclusive, estiveram no vestiário para auxiliar na preleção.
Na próxima quinta-feira (7), Sassá e Digão estarão no camarote que abrigará a diretoria do Cruzeiro no Maracanã. O zagueiro, revelado pelas divisões de base do Fluminense, falou sobre o fato.
“Acho importante quem está fora ajudar a galera. Sabemos que é um jogo difícil. Procuro fechar com os caras no vestiário para o grupo perceber que estamos juntos. Vou ao Rio para ajudar o Cruzeiro. Não sei se faz muita diferença, mas acho isso muito importante”, disse à reportagem.
Os inscritos também colaboram com todos os dados possíveis ao técnico Mano Menezes. Qualquer detalhe pode valer o título e não há economia em informações.
Para neutralizar as informações de um lado e de outro, Cruzeiro e Flamengo utilizam suas armas: treinos fechados, menos entrevistas e muita conversa.
O time celeste quer fazer valer a experiência em terras cariocas, enquanto o Flamengo neutralizar qualquer “atalho” conhecido. O jogo já começou nos bastidores.
Resta saber quem levará a melhor no fim das contas.
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