O Festival Internacional de Cinema Ambiental (Fica) 2017, que será realizado entre os dias 20 e 25 de junho, terá oito mostras de cinema com mais de 100 filmes. Do total, 25 produções competirão por uma premiação de R$ 280 mil na mostra oficial.
O realizador do evento, governo de Goiás, também oferece premiação de R$ 130 mil para os 20 filmes que concorrem na Mostra da ABD – Cine Goiás e de R$ 30 mil na Mostra da Saneago. O Festival traz ainda os Fóruns Ambiental e de Cinema, programação musical, cursos e oficinas e uma programação paralela diversificada.
A abertura do evento ocorrerá na próxima terça-feira, às 20h, no Cineteatro São Joaquim, com o filme Caminho do Mar, dos diretores Bebeto Abrantes e Juliana Albuquerque. Esta será a estreia mundial e a primeira exibição na cidade de Goiás. A produção fala sobre o Paraíba do Sul, um rio desconhecido e estratégico para o Brasil.
Em 2017 o Fica ampliou a oferta de filmes, o número de lugares e as horas de projeção, que serão em Digital Cinema Package, um padrão internacional que assegura a mais alta qualidade. Além da Mostra Competitiva, Mostra ABD Cine Goiás, Mostra Paralela, Fica Animado, Mostra Infantil de Filmes com áudio-descrição (inclusiva) e da Mostra da Universidade Estadual de Goiás (UEG), a programação conta uma mostra especial sobre a água em parceria com a Saneago e a Mostra Uranium, em memória dos 30 anos do acidente com o Césio 137.
O Fica 2017 terá a presença da atriz Dira Paes, do jornalista André Trigueiro (Globo News), que lançará o livro Cidades e Soluções, e de grandes cineastas como José Luiz Villamarim, Eduardo Escorel, Manoel Rangel. O tema Cidades Sustentáveis – Os Desafios do Século XXI será debatido em cinco mesas durante o Fórum Ambiental. O júri da Mostra Competitiva será composto apenas por mulheres, grandes profissionais como Ilda Santiago, Marília Rocha, Sandra Kogut, Dora Jobim e a norte-americana Michelle Stethenson.
Outro destaque na edição desse ano do festival é a Tenda Multiétnica, que reúne povos do Cerrado, seus saberes e tradições. A população da cidade também conta com uma programação especial com o Fica na Comunidade e a II Tenda de Práticas Populares em Saúde, em parceria com a prefeitura municipal de Goiás.
A programação do Fica também tem a parceria de instituições como Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Estadual de Goiás (UEG), Instituto Federal de Goiás (IFG) e Secretaria do Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitano (Secima). O encerramento do festival será com o show “Bossa Negra”, com o cantor Diogo Nogueira e o instrumentista Hamilton de Holanda.
Toda a programação do Fica 2017 é gratuita.
Nacionais
De volta ao Cineteatro São Joaquim, a Mostra Competitiva do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica 2017) conta com uma lista de 25 filmes na disputa. Entre esses, 10 são brasileiros, com 4 goianos entre os representantes nacionais.
Entre os dias 20 e 25 de junho, na Cidade de Goiás, os filmes serão exibidos na programação do festival e estarão sob julgamento do público, do júri e da imprensa – que escolhe de forma autônoma o melhor filme.
As produções goianas neste Fica trazem uma tonalidade típica da região, como a luta e a garra do povo. Como poderá ser visto no filme Algo do que Fica, do diretor Benedito Ferreira, que fala sobre o césio 137, que este ano chega aos 30 anos do acidente. A obra Da Margem do Rio o Mar é um documentário de 13 minutos que realiza um ensaio reflexivo sobre a beira da rua.
Cada vez mais em voga, o empoderamento feminino é retratado no filme Real Conquista, da diretora Fabiana Assis, que traz uma atualização das técnicas e da linguagem da produção local. O diretor Renné França traz um mundo pós-apocalíptico em um gênero que costuma levar o público aos cinemas – terror, no filme Terra e Luz. Essa obra é retratada na cidade de Goiás e traz criaturas que se assemelham a vampiros, em uma humanidade busca sobrevivência.
A extensa lista de filmes brasileiros conta com a participação de diretores de renome nacional e internacional como Simone Cortezão, Márcio Farias e Vicent Carelli.
Destaques para Ninguém nasce no Paraíso, de Alan Schvarsberg, vencedor do melhor curta Júri Popular na Mostra Brasília do 48º Festival de Cinema de Brasília, e para Tarja Preta, de Márcio Farias, escolhido como Melhor Curta Nacional no 9º Festival Brasileiro de Cinema, que aconteceu em Penedo, Alagoas.
Confira a lista:
- Algo do que Fica (foto acima) (2017, Dir. Benedito Ferreira, Ficção, 23 minutos)
- Da Margem do Rio o Mar (2017, Dir. Rei Souza, Documentário, 13 minutos)
- Real Conquista (2017, Dir. Fabiana Assis, Documentário, 15 minutos)
- Terra e Luz [Earth and Light] (2016, Dir. Renné França, Ficção, 73 minutos)
- Subsolos [Underground] (2015, PERNAMBUCO, Dir. Simone Cortezão, Ficção, 31 minutos)
- Tarja Preta [Black Label] (2015, PERNAMBUCO, Dir. Márcio Farias, Documentário, 24 minutos)
- Em Torno do Sol [Around the Sun] (2016, RIO GRANDE DO NORTE, Dir. Julio Castro e Vlamir Cruz, Ficção, 12 minutos)
- Martírio (2016, PERNAMBUCO, Dir. Vincent Carelli, com co-direção de Tita e Ernesto de Carvalho, Documentário, 162 minutos)
- Contagem Regressiva (2016, RIO DE JANEIRO, Dir. Luis Carlos de Alencar, Documentário, 92 minutos)
- Ninguém Nasce no Paraíso (2015, DISTRITO FEDERAL, Dir. Alan Schvarsberg, Documentário, 25 minutos)
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