O Lanterna Mágica – Festival Internacional de Animação traz a quarta edição da Mostra de Animação Africana, que terá início no sábado (23), gratuitamente a partir das 14h. A curadoria é de Camila Nunes, realizadora do Lanterna Mágica, e da roteirista Kalor Pacheco, uma das curadoras do Festival Animage, evento sediado em Pernambuco e que também se consolidou na rota de festivais de animação brasileiros.
Ao todo, foram selecionados 12 curtas-metragens de diferentes países africanos, como Tunísia, Uganda, Egito, Congo, Nigéria e África do Sul. A proposta é colocar em evidência o trabalho de animadores do hemisfério sul, muitas vezes marginalizados em termos de visibilidade global. “Esse é um momento de confluência entre os cineastas africanos e o público brasileiro”, explica Camila.
Estamos atentos a outros festivais internacionais de animação, realizados dentro ou fora do Brasil, por isso a parceria com o Festival Animage de Pernambuco
Camila Nunes
Para Kalor, as técnicas de animação utilizadas mostram diversos aspectos dessa produção, revelando similaridades entre o que é feito na África e o que é feito na América Latina por pessoas racializadas. “Muita experimentação, uso de recursos de oralidade, e a produção independente, dado o status emergente do mercado de animação”.
Festival Lanterna Mágica
O Lanterna Mágica – Festival Internacional de Animação começa nesta próxima terça-feira (19), no CineX, cinema localizado no Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON), em Goiânia. A programação do evento é totalmente gratuita e segue até o dia 24 de março. Além de mostras, haverá debates, palestras, oficinas e consultorias.
O projeto é atuante desde 2017 e propõe o fomento ao audiovisual goiano, ocupando diferentes espaços culturais da capital, conectando produtores de animação e ampliando a visibilidade do gênero. Atualmente, é uma realização de Camila Nunes, produtora audiovisual, e da produtora goiana Baloo Filmes.
Filmes disponíveis na Mostra de Animação Africana
- Kendila, de Nadia Rais (Tunísia, 2023, 12′)
- The Kings Team, de Harry Dixon (África do Sul, 2023, 2′)
- Grey Hulk, de Maram Gomaa (Egito, 2022, 1′)
- Ttula, de Mwesigwaa B. Enock (Uganda, 2022, 6′)
- All From One Cell, de Marwa Abd Elmoneim (Egito, 2023, 2′)
- Hisab, de Ezra Wube (Etiópia, 2011, 8′)
- Lightfall, de Hermann Kayode (Senegal 2014, 4′)
- Überbot, de Isslem Attar (Tunísia, 2023, 7′)
- Jabari, de Francis Y Brown (Gana, 2023, 6′)
- Apacha, de Fortune D. Tsete (Congo, 2022, 8′)
- Crazy in Quarantine, de Akram Kamya e Kizito S. Saviour (Uganda, 2021, 5′)
- Tomati, de Esther K. Gbadamosi (Nigéria, 2021, 4′)
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