08 de agosto de 2024
Cidades

Festival Internacional de Cinema e Alimentação será realizado em Pirenópolis

Reprodução do filme Misterio do Palo Cortado
Reprodução do filme Misterio do Palo Cortado


A charmosa cidade de Pirenópolis sedia O 7º Slow Filme – Festival Internacional de Cinema e Alimentação entre os dias 15 a 18 de setembro. O festival aborda o conceito do quilômetro zero, que propõe o consumo de alimentos que não tenham percorrido grandes distâncias até o consumidor final. A tradição culinária permeia grande parte das produções inseridas na programação do Festival que terá entrada franca, mediante a retirada de ingresso na bilheteria do cinema.

Serão exibidos 24 filmes durante o festival, entre curtas e longas-metragens, produzidos em diferentes países, como Brasil, Espanha, Polônia, Portugal, Reino Unido, Suíça, Peru, Canadá, Japão, dentre vários outros. As produções destacam a importância de aprender com os antigos a respeitar as estações do ano e sua oferta de alimentos, a enxergar a produção regional como fonte generosa de ingredientes para a gastronomia, e a valorizar o conhecimento adquirido como aprendizado para tornar melhor o planeta nos dias atuais.

O 7º Slow Filme é uma realização da Objeto Sim Projetos Culturais e do Instituto Pireneus, com curadoria do cineasta e crítico Sérgio Moriconi, com apoio do Fundo de Arte e Cultura de Goiás, da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Goiás e Governo de Goiás. Tem também o apoio da Prefeitura de Pirenópolis, com as Secretarias de Cultura e Turismo. Conta, ainda, com as parcerias do Slow Food Pirenópolis, dos Laboratórios Sabin, das embaixadas da Espanha, França e Suíça e do Instituto Cultural da Dinamarca.

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Palestras e degustações

Biscoitos, sucos e frutos do Cerrado, Jerez, azeite e vinho portugueses produzidos pela empresa Esporão darão sabor às noites de sexta e sábado do Slow Filme, acompanhados da conversa com produtores, realizadores e chefs. Os encontros e degustações acontecem no pequeno teatro de arena, na área que liga o Cinema ao Teatro Pireneus.

Na sexta-feira, 16 de setembro, após exibição do longa-metragem Comer o quê?, haverá uma conversa com o diretor do documentário, Leonardo Brant, seguida de um descontraído encontro com a chef Regina Tchelly, criadora do projeto Favela Orgânica. Concebida em 2011, nas comunidades cariocas de Babilônia e Chapéu Mangueira, da zona sul do Rio de Janeiro, a Favela Orgânica é uma iniciativa que visa ensinar a população a aproveitar os alimentos em sua totalidade. Hoje, as oficinas do projeto já circularam pelo Brasil e por alguns países como França, Itália e Uruguai. Regina Tchelly é paraibana, ex-empregada doméstica, e decidiu aproveitar sua experiência em frequentar as xepas das feiras livres para ajudar as famílias das comunidades mais pobres do País a enriquecerem a alimentação, com pequenas mudanças de hábitos. Atualmente, é chef da Rede Terra Madre e possui o buffet Favela Orgânica.

Logo depois da conversa com Regina Tchelly (que também vai ministrar oficina durante o Slow Filme, na tarde de quinta e na manhã de sexta-feira), será servido um coquetel de salgados, biscoitos e sucos especialmente preparados pelas cooperativas da Central do Cerrado. A central reúne 35 organizações comunitárias de sete estados brasileiros (MA, TO, PA, MG, MS, MT e GO) que desenvolvem atividades produtivas a partir do uso sustentável da biodiversidade do Cerrado. No local, também será possível adquirir mais informações sobre a Central e alguns produtos que ela representa.

Exposição

Sob a curadoria de Sérgio Moriconi, estarão expostas, no hall do Cine Pireneus, 22 capas de discos de vinil como parte da exposição Natureza Móvel. Nas imagens, um percurso da relação do homem com a natureza, segundo explica o curador: “É uma construção por espelho: à primeira imagem de uma flor sob o azul celeste do céu, seguimos até a imagem derradeira da flor encapsulada um ambiente asséptico e sem vida; ao voo livre dos pássaros (segunda imagem) se contrapõe uma vassoura ante um ambiente vegetal (penúltima imagem) denunciando a presença do homem; à faina dos agricultores sobre a pilha de feno, se opõe a sinistra figura (a morte?) do indivíduo com a foice no trigal.

Entre essas três dicotomias mencionadas, a faina do homem, a domesticação da natureza, os enlatados, as ilustrações da banana e da Coca-Cola de Andy Warhol (a natureza como metáfora pop) – simbolizando, no contexto da exposição, o descolamento do homem da natureza. Por fim, os efeitos perversos da industrialização, antecipados, em contraponto, com as representações dos enlatados”. Para Moriconi, Natureza Móvel é outra forma de expressar um dos conceitos que norteiam o Slow Filme e também outro modo de perceber “a música” que embala a nossa contemporaneidade.

Mais informações: (61) 3443-8891 e no site


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