O prefeito de Senador Canedo estaria preparando sua defesa para apresentar à comissão da Câmara de Vereadores que analisa a investigação do pedido de impeachment contra o chefe do Executivo. Ao Diário de Goiás, uma fonte da Câmara confirmou que ele ainda não apesentou a documentação.
Segundo fontes ouvidas pelo DG, o prefeito já estaria sendo orientado por um advogado a seguir as recomendações da defesa que será entregue à comissão nos próximos dias.
Na quinta-feira (8), o presidente da comissão que analisa a denúncia contra o prefeito, vereador Vilmar Lima (PSDB), entregou a notificação a Pellozo. A partir dessa data, portanto, o prefeito terá 10 dias úteis para apresentar sua defesa acerca da denúncia.
A Câmara aceitou na terça-feira (6) o pedido de investigação contra Fernando Pellozo. Em votação secreta, foram 10 votos favoráveis à investigação e 5 votos contrários. A denúncia foi apresentada à Câmara por Genes Tavares e Paula Alessandra. No documento eles apontam um suposto crime devido à contratação, segundo eles, do município com um hospital particular da cidade no valor de R$ 11 mi.
Ao DG, o vereador Dr. Leonardo Assunção (PL) explicou que a denúncia aceita pela Câmara só analisa o contrato com um hospital particular da cidade.
“A denúncia foi feita tão somente a respeito a esse contrato com o hospital”, afirmou.
O parlamentar diz ainda o porquê entende que há irregularidades nesse contrato que justificam o pedido de impeachment contra o prefeito.
“Houve uma irregularidade, sim. Uma porque, na verdade, se trata de um apoiador político do então prefeito que após um mês de mandato já fez essa contratação de mais de 11 milhões de reais de um contrato de apenas seis meses por cinco leitos de UTIs, enquanto nós temos aqui varias unidades de saúde fechadas que a atual administração fechou, fechou tão somente para justificar essa contratação”, explicou.
O vereador disse também que o dinheiro usado para este contrato poderia ser investido em unidades de saúde do próprio município.
“Nós temos duas unidade aqui fechadas, nós temos o hospital municipal que tinha 10 leitos de UTIs e eles tiraram esses leitos para mandar para o hospital do doutor Alsueres”, pontuou.
Dr. Leonardo Assunção comenta sobre o clima que ele percebe para a votação que decidirá se Pellozo sofrerá ou não o impeachment. A sessão que decide precisa ocorrer em 90 dias, caso não aconteça o processo será arquivado pela comissão.
“Eu acredito que tem possibilidade sim, todos estão cientes da irregularidade, tentam se fazer de vítimas, falando que nós queremos fechar o hospital, mas como bem decidiu o juiz aqui da comarca de Senador Canedo, a pandemia não pode ser usada para a prática de cometimento ilícito”. conclui.
O prefeito foi procurado pelo DG para comentar o caso, mas a assessoria da prefeitura não respondeu aos contatos. O espaço continua aberto e atualizaremos a matéria assim que houver algum retorno da prefeitura.
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