JOANA CUNHA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Ao chegar para votar no colégio Sion, na manhã deste domingo (7) no bairro Higienópolis, em São Paulo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso voltou a afirmar que o país está dividido.
“O país está com muitos partidos, muitos candidatos. Não se vê claramente como vai reagrupar”, disse.
Sua expectativa é a de que deve haver segundo turno, apesar da escalada do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) nas pesquisas de intenção de voto nos últimos dias.
Fernando Henrique disse que o importante é que a democracia está funcionando e que não se deve questionar o resultado. “Ganhou ganhou. Perdeu perdeu”, afirmou.
Por diversas vezes, Bolsonaro e membros de sua equipe e apoiadores questionaram a veracidade das urnas durante a campanha.
Para Fernando Henrique, a democracia está “enraizada”, e as demonstrações disso são a imprensa livre e o Congresso funcionando, mas ponderou que “gente que não é democrática está cheio para todo lado”.
“Meu ponto de vista é fortalecer as instituições para que o povo possa ter vez”, disse.
Questionado se apoiará Fernando Haddad no segundo turno, ele não quis se posicionar. “Vou votar no Geraldo Alckmin no primeiro turno, espero que passe para o segundo turno.”
Em relação ao apelo que fez durante a campanha para unir o centro, quando alertou para o perigo de uma eleição polarizada, Fernando Henrique disse que apenas manifestou o que considerava ser o melhor para o país.
“Eu não sou operador político, não vou indicar ninguém. Eu digo o que eu acho melhor. Aparentemente, as pessoas não querem. Querem se engalfinhar. Eu não entro nessa”, disse.
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