19 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 12/02/2020 às 23:59

Fernando Baiano depõe na Comissão de Ética em processo contra Cunha

Fernando Antônio Falcão Soares, conhecido como Fernando Baiano, presta depoimento nesta terça-feira (26), no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Inicialmente, o depoimento seria a portas fechadas, mas os deputados federais decidiram que deveria ser transformado em uma sessão aberta. No entanto, sem a possibilidade de ser filmado ou fotografado.

Baiano é acusado de ser um dos operadores de propina na Petrobras para o PMDB e seu depoimento se refere ao processo que pede a cassação do mandato do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB). Cunha é acusado de quebra de decoro parlamentar por ter medito à CPI da Petrobras ao negar que não tinha contas em bancos no exterior.

O Ministério Público da Suíça contestou as informações de Cunha e enviou ao Brasil documentos que atestam a existência de contas em nome do parlamentar e de familiares dele, como esposa e filha.

“Pode ser que Cunha requeira a nulidade do depoimento e depois vão dizer que a gente está querendo protelar o andamento dos trabalhos. Então, é preferível fazer logo a reunião reservada para evitar problemas futuros”, afirmou o deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG) ao defender que o depoimento deveria ser restrito.

Para Alessandro Molon (Rede-RJ), a sessão aberta não prejudica o processo. “Não há aqui qualquer desvio da lei. O colegiado deliberou que a sessão é aberta, qualquer cidadão pode entrar e ouvir este depoimento, mas o que está proibido é a produção de imagens do depoente. E quem o fizer desrespeitará a lei, mas isso não contamina o processo no Conselho de Ética”, disse.

Em delação premiada na Operação Lava Jato, Baiano informou à Justiça Federal que teria entregue R$ 1 milhão no escritório de Cunha, localizado no Rio de Janeiro. Além disso, Fernando afirmou que o deputado foi beneficiário dos US$ 5 milhões para viabilizar a contratação de navios sondas, como havia sido dito pelo empresário Júlio Camargo, que também fez acordo de delação premiada na Operação.

Com informações da Agência Brasil

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