O técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, confirmou, nesta segunda-feira (3), ter recebido proposta para treinar a seleção da Colômbia, mas disse que a “família Palmeiras” pesará em sua decisão. O contrato dele com o clube vai até o fim de 2020, com multa rescisória de um salário.
“Tenho o convite sim, mas é um assunto que agora, quando termina o campeonato, a gente vai pensar com muita clareza, porque nos últimos 20, 25 anos, eu devo ter passado 80% do tempo fora do Brasil. Então, tem também alguns aspectos familiares. E tem também outra família que eu tenho que pensar, que é a família Palmeiras. A forma como eles me tratam, como eles me receberam, a forma como existe essa identificação entre os palmeirenses e a minha pessoa, eu tenho que pensar”, disse Scolari, à ESPN, após receber o prêmio Bola de Prata de melhor técnico do Campeonato Brasileiro.
O treinador também concedeu entrevista aos jornalistas credenciados para a cobertura do evento. Nela, contou que não deu coletiva após o triunfo sobre o Vitória, no domingo (2), para dar atenção a todos que queriam comemorar o título com ele -incluindo o ex-dirigente Salvador Hugo Palaia. Além disso, o técnico agradeceu à homenagem da torcida, já que sua imagem apareceu em mosaico 3D antes do início da partida.
“É algo que nos remete a pensar diferente do que tenha trabalhado ou imaginado em sua vida. Estar em um clube que te recebe de braços abertos. Ontem não dei entrevista porque tivemos vários diretores antigos com a gente. Tinha de dar atenção para alguns, como o Hugo Palaia, que chorava feito uma criança. Temos de atender carinhosamente aquelas pessoas, mas o clube me dá algo que tive em outro clube, que é o Grêmio”, declarou Felipão.
“Tenho uma identidade que faz com que a gente repense algumas coisas em termos de vida e mudanças de atitude, detalhes que passaram despercebidos e que com o passar do tempo vão aparecendo. A homenagem que recebi me marcou”, completou.