29 de novembro de 2024
Brasil

Federação dos petroleiros recua e orienta sindicatos a suspender greve

Protesto em apoio à greve dos petroleiros no centro do Rio de Janeiro, quarta-feira, 30. (Foto: Vanessa Ataliba/Brazil Photo Press/Folhapress)
Protesto em apoio à greve dos petroleiros no centro do Rio de Janeiro, quarta-feira, 30. (Foto: Vanessa Ataliba/Brazil Photo Press/Folhapress)

A FUP (Federação Única dos Petroleiros) recomendou à categoria que suspenda a greve iniciada na última quarta-feira (30) horas após o Tribunal Superior do Trabalho aumentar a multa aos sindicatos de R$ 500 mil para R$ 2 milhões. 

Na terça-feira, atendendo a pedido da Advocacia Geral da União e da Petrobrás, a ministra Maria de Assis Calsing concedeu liminar reconhecendo a ilegalidade da greve e impondo multa diária às entidades sindicais por descumprimento da decisão no valor de R$ 500 mil reais por dia.

Em nota publicada em seu site, a FUP afirmou que trata-se de “um recuo momentâneo e necessário para a construção da greve por tempo indeterminado”.

A Federação fez duras críticas à gestão da Petrobrás e às decisões do TST, que foram tomadas com o intuito de “criminalizar e inviabilizar os movimentos sociais e sindicais”, segundo a nota.

“O TST joga o jogo do capital e não deixaria barato a greve dos petroleiros” afirmou a FUP. 

Para a entidade, as multas são “abusivas e extorsivas” e jamais seriam aplicadas “contra os empresários que submetem o país a locautes para se beneficiarem política e economicamente”. 

“Os petroleiros saem da greve de cabeça erguida, pois cumpriram um capítulo importante dessa luta, ao desmascarar os interesses privados e internacionais que pautam a gestão da Petrobrás”, diz a nota. 


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