O presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), Marcelo Baiocchi, afirmou que o setor vê com preocupação o fechamento do comércio no estado para conter a disseminação do novo coronavírus.
Segundo Baiocchi, a entidade está em constante diálogo com o governo e, apesar da apreensão, entende a medida.
“Recebemos com muita preocupação, pois é difícil imaginar um estabelecimento comercial fechar por uma semana, 15 dias. Mas ao mesmo tempo entendemos a preocupação do governador. Ele demonstrou preocupação a respeito das condições do estado no atendimento a pessoas que podem ser contaminadas pelo coronavírus. A medida é para que o comércio feche, principalmente onde há grande aglomerações, como em shoppings populares da Região da 44. O governador entende a necessidade e nós, como empresários, vimos com preocupação, mas estamos em diálogo permanente com o Estado e o município para minimizar ao máximo o efeito desse fechamento”, disse ao Diário de Goiás.
A Fecomércio dialoga com o governo para tentar flexibilizar a medida, que tende ao fechamento total, mantendo o funcionamento em horários específicos e em menor escala. No entanto, segundo Baiocchi, Caiado diz que é importante a paralisação total neste primeiro momento.
“No telefonema com o governador, argumentei com ele sobre a possibilidade de flexibilizar esses fechamentos. Ele argumentou da importância de que haja um fechamento total agora, mas afirmou que teremos um diálogo permanente para avaliar e flexibilizar a medida que houver mais segurança no estado”, contou.
Contenção de danos
Para evitar grandes perdas no setor, a Fecomércio, junto com outras entidades empresariais, entregou a Caiado e vai entregar a Iris Rezende um documento pedindo a protelação do pagamento de impostos pelos próximos quatro meses.
“Pedimos que os impostos que vencerão nos próximos 120 dias, em março, abril, maio e junho, possamos pagá-los depois desse prazo, parcelado em 12 vezes, sem juro e correção. Não queremos isenção, o que queremos é que, nesse período sem faturamento, a gente não seja exigido por pagamento de impostos, pois não teremos recursos para fazê-lo”, explicou.
Além disso, Baiocchi revelou que empresários já negociam com sindicatos para amortizar os custos de funcionários e conter o prejuízo. “Alguns estão fazendo negociação de férias coletivas, redução de salários e carga horária. Tudo isso a lei permite. Isso é para que o impacto negativo seja o menor possível”, pontuou.
O presidente da Fecomércio lembra ainda que é preciso fazer a medida funcionar para todos e não permitir que comerciantes informais se aproveitem da situação. “A regra tem que ser geral. Se a loja vai fechar, que não se permita o ambulante se estabelecer na frente da porta”.
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