22 de dezembro de 2024
Destaque 2 • atualizado em 08/03/2021 às 10:41

Fecomércio diz que fiscalização em festas clandestinas e nos ônibus é pouco efetiva

Representantes da Fieg, Acieg e Fecomércio. Foto: Thyago Humberto/Diário de Goiás.
Representantes da Fieg, Acieg e Fecomércio. Foto: Thyago Humberto/Diário de Goiás.

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio), Marcelo Baiocchi, disse que o setor empresarial vai cumprir a lei a propósito dos novos decretos das prefeituras da Região Metropolitana de Goiânia (RMG) no combate à pandemia da covid-19. Baiocchi afirmou também que o que deixa os empresários indignados é a pouca efetividade do setor público em fiscalizar os locais maiores disseminadores do vírus, segundo ele, festas clandestinas e o transporte coletivo.

“O setor empresarial não continua apoiando e nem deixando de apoiar, o setor empresarial vai cumprir, lei foi feita para ser cumprida, então nos obriga a ficar fechado, ficaremos, o que nos deixa indignados é saber que a maior contaminação acontece dentro das aglomerações em festas clandestinas e no transporte coletivo e nessa área não há uma autuação efetiva do poder público, então sentimentos que não haverá nenhum efeito prático em mais sete dias fechados, ao final desses sete dias iremos descobrir que a contaminação continua nos mesmo níveis”, disse Baiocchi em entrevista ao Diário de Goiás.

Os decretos das prefeituras da RMG foram publicados neste domingo (7) prorrogando por mais sete dias as medidas com o intuito de frear os casos de coronavírus nestes municípios. Em Goiânia, por exemplo, a taxa de ocupação de leitos destinados aos pacientes com a covid-19 chegou a 98%. Sobre as novas medidas, Baiocchi destaca as dificuldades que o setor vem enfrentando durante esse período, mas que a categoria irá cumprir e dá sua contribuição.

“O setor empresarial se sente em dificuldade, visto que vai ser prorrogado por mais uma semana, mas entendemos se é decisão, iremos cumprir na íntegra, como sempre fizemos, empresário nunca deixou de cumprir a regra, as leis e a legislação, visto que grandes shoppings estão fechados, comércio está fechado, a 44 está fechada, se é necessidade, cuidaremos de dá nossa contribuição”, destacou.

Questionado pela reportagem do DG se o setor empresarial foi excluído do debate, visto que não tinha a participação de nenhum representante da categoria na reunião com os prefeitos no fim de semana que decidiu sobre a prorrogação dos decretos, Baiocchi ressaltou que o que havia para ser sugerido por parte dos empresários foi feito durante a semana.

“Esta reunião realizada no sábado foi exclusivamente com os prefeitos, até porque tudo que teríamos que debater, conversar, sugerir, propor foi feito durante semana e a reunião não teve a participação de nenhum empresário, só os agentes políticos porque era uma reunião de decisão deles e entendemos sem dificuldades que o que tínhamos para debater, propor, fizemos durante a semana”.

De acordo com Baiocchi, uma das alternativas para mitigar o número de casos de coronavírus seria também a paralisação do transporte coletivo na RMG. Segundo ele, é factível a possibilidade do transporte alternativo — com vans — realizar o transporte dos funcionários das empresas com segurança, com todos sentados e respeitando os protocolos sanitários.

“Nós, a maioria dos empresários, entendemos que é necessários que o transporte coletivo também pare para coibir a contaminação, o transporte alternativo tem capacidade para locação de vans para que as empresas possam deslocar os seus funcionários em segurança, sentados, sem aglomeração. Seria uma medida de um pequeno espaço de tempo, como nós estamos fechados há sete dias e indo para 14, entendemos que transporte coletivo precisa de uma medida mais radical e isso sem dúvida nenhuma o fechamento é necessário. Respeitamos a opinião de outros setores empresariais, mas cada um defendendo o seu espaço, nós defendendo o coletivo, infelizmente seguimentos olham exclusivamente para sua atividade, nós estamos olhando para a comunidade, nós queremos salvar vidas, daí a nossa sugestão de que o transporte coletivo devia parar”, concluiu.


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