15 de agosto de 2024
Justiça • atualizado em 09/04/2023 às 13:40

Fazer vídeos ou fotos de acidentes é crime com pena de prisão, multa e até indenização; entenda

Por conta da exposição causada pelas redes sociais, compartilhar imagens do gênero também pode acarretar em problemas com a Justiça
Acidente fotografado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Goiás. (Foto: reprodução/CBMGO)
Acidente fotografado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Goiás. (Foto: reprodução/CBMGO)

É comum que, em qualquer ocasião onde ocorra alguma situação atípica como uma colisão entre carros, o local fique logo cheio de pessoas que sacam seu celular para fazer vídeos ou fotos de acidentes. O que alguns podem não saber é que fazer estes registros é crime com pena de prisão.

Além disso, por conta da exposição causada pelas redes sociais, compartilhar imagens de acidentes, o que também se tornou hábito comum, pode igualmente acarretar em problemas com a Justiça. isso por que estes compartilhamentos desenfreados desrespeitam as vítimas dos acidentes, seus familiares e amigos, que sofrem ainda mais com a situação, não bastando a dor que já sentem.

Filmar, fotografar ou compartilhar fotos de acidentes é um crime por exposição, podendo levar o culpado a receber uma pena de um a três anos de detenção mais multa. Além de ser crime, as pessoas envolvidas, ou familiares, também podem solicitar indenização caso se sintam lesadas ou prejudicadas com o compartilhamento dos vídeos ou fotos de acidentes.

Caso milionários de fotos de acidentes

Um dos casos recentes mais famosos é o da Vanessa Bryant, viúva do ex-jogador de basquete Kobe Bryant, que receberá uma indenização do condado de Los Angeles, nos Estados Unidos, pelo vazamento de fotos do acidente que vitimou Kobe e sua filha Gianna em 2020. A família será indenizada com 28,85 milhões de dólares, o equivalente a mais de R$ 150 milhões.

Isso por que as fotos dos destroços do helicóptero e dos corpos das vítimas foram tiradas e compartilhadas por funcionários públicos, como bombeiros, policiais e outros profissionais que realizaram os primeiros socorros no local do acidente. Apesar de ter acontecido nos EUA, serve como um exemplo para o Brasil.


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