22 de dezembro de 2024
Cidades

Fazendeira que negociou rendição de caseiro manteve frieza apesar de ameaça de morte

Foto tirada por Cindra Mara com Wanderson. (Foto: Arquivo pessoal)
Foto tirada por Cindra Mara com Wanderson. (Foto: Arquivo pessoal)

A fazendeira Cinda Mara, que negociou a rendição do caseiro Wanderson Protácio, acusado de um triplo homicídio em Corumbá de Goiás, disse que foi ameaçada de morte por ele antes de convencê-lo a se entregar à polícia.

A mulher contou que o suspeito bateu na janela do quarto dela por volta das 6h30 deste sábado (4), com a arma em punho. O marido da fazendeira tinha saído para buscar leite e ela permaneceu em casa.

“A janela do quarto estava aberta, ele bateu com o revólver e o apontou para mim e falou: “Eu vou te matar”. Levantei, pedi para ele ficar calmo, tranquilo e pedi para ele afastar um pouco. Ele falou que iria me matar e eu disse que ele não faria isso. Tive muita frieza, fiquei muito calma”, disse à Rádio São Francisco.

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Cinda Mara pediu para trocar de roupa e o caseiro permitiu que ela trocasse o pijama. Em seguida, ele pediu café. Segundo a fazendeira, o homem tremia de frio, fome e medo. “Ele dormiu na chuva, numa mata perto da casa de campo. Ele tomou o café e estava nervoso. Esperou meu marido sair para buscar o leite para entrar na chácara. Falei para ele ficar tranquilo, que ninguém o mataria”, contou.

Os dois sentaram-se na cozinha e então Cinda Mara começou a convencê-lo. “Ele me falou que não queria fazer mal para ninguém e aí correu. Segurei no braço dele, puxei e falei para olhar nos meus olhos: “Você vai se entregar para a polícia e não vai mais fazer isso. Você está cansando os policiais. Fica aqui que vou te levar para a delegacia de Gameleira”, disse a fazendeira.

Cinda Mara ainda ligou para o marido para avisá-lo da situação. Protácio decidiu se entregar e, segundo a fazendeira, tinha medo de morrer. Ele entregou a arma ao marido da mulher e foi com eles, no carro, à delegacia de Gameleira para se entregar.

Foto encerrou desconfiança

Depois de negociar a rendição, Cinda Mara acionou a polícia, mas os investigadores não acreditaram, uma vez que houve vários registros de informações falsas durante a operação de seis dias. Ela então recorreu a uma selfie. “Como há muitas informações desencontradas, tive que tirar a foto e mandar para o prefeito”, contou.


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