24 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 10:12

Falha humana é ‘linha principal’ sobre morte de Teori, diz delegado

Teori Zavascki morreu em acidente de avião, na região de Paraty (RJ), em janeiro de 2018 (Foto: Andressa Anholete/AFP)
Teori Zavascki morreu em acidente de avião, na região de Paraty (RJ), em janeiro de 2018 (Foto: Andressa Anholete/AFP)

O delegado da Polícia Federal Rubens Maleiner, responsável pela investigação do acidente aéreo que matou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki no ano passado, apresentou nesta quarta (10) à ministra Cármen Lúcia um panorama do inquérito até o momento, que rejeita a hipótese de sabotagem na aeronave, conforme a Folha de S.Paulo antecipou no sábado (6).

“A investigação está em curso, mas já está num estágio bastante avançado. A possibilidade de um ato intencional contra aquele voo foi bastante explorada em diversos exames periciais e atos investigatórios e nenhum elemento nesse sentido foi encontrado”, disse Maleiner.

“Pelo contrário, os elementos que atingimos até agora conduzem a um desfecho não intencional. Existe um conjunto de fatores que podem ter levado àquele desfecho e que dizem respeito especialmente às condições meteorológicas, às trajetórias e alturas desempenhadas pelo piloto naquela tentativa de aproximação para Paraty e o cotejo disso com regras de tráfego aéreo com relação a condição de voo visual e por instrumentos”, explicou.

Questionado sobre se a hipótese principal da PF é falha humana, o delegado disse que “está avançando” e que “essa é a linha principal”. Segundo ele, falta ainda à polícia receber o resultado de algumas perícias para encerrar o caso.

Teori, 68, que era relator dos inquéritos da Lava Jato no Supremo, morreu em 19 de janeiro de 2017 após o avião turboélice King Air em que viajava de férias, pertencente ao empresário e passageiro Carlos Alberto Fernandes Filgueiras, 69, cair no mar próximo à pista de pouso de Paraty (RJ).

Além dele e de Filgueiras, também morreram o piloto Osmar Rodrigues, 56, a massoterapeuta Maíra Panas, 23, e a mãe dela, Maria Hilda Panas Helatczuk, 55.

O delegado Maleiner acompanhou o diretor-geral da PF, Fernando Segovia, em audiência com Cármen Lúcia no STF na manhã desta quarta. Além de tratar do acidente que vitimou Teori, Segovia apresentou à ministra sua meta de encerrar todas as investigações sobre políticos com foro privilegiado neste ano, incluindo todos os inquéritos da Lava Jato. (Folhapress) 

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