Em nota divulgada na tarde desta terça, 15, o governo do Estado de Goiás comunicou que o secretário de saúde do governo de Goiás, Antônio Faleiros, fica no cargo, apesar da recomendação feita pelo Ministério Público, divulgada ontem.
VEJA A ÍNTEGRA DA NOTA:
Nota do Governo de Goiás à Imprensa
O governador Marconi Perillo reitera sua confiança no profissionalismo, na ética e no espírito público do secretário da Saúde, médico Antônio Faleiros, que permanece no cargo e cuja defesa será feita no foro adequado, que é a Justiça.
Quando o governador acolheu de imediato a sugestão, do Ministério Público, de encerrar os fundos rotativos dos hospitais públicos, estes começaram a sofrer rápido processo de desabastecimento de remédios, materiais de higiene e limpeza e outros insumos. Os prazos para aquisição demandavam até 600 dias. A crise era aguda, e o governador tinha duas opções: aguardar esse período todo até que os procedimentos se exaurissem – e centenas de pacientes em estado grave, em consequência, morressem – ou, em caráter emergencial e excepcional, buscar salvar vidas humanas realizando as aquisições com regularização de despesas.
Com a entrada em vigência da plataforma de preços, da Central de Laudos e Diagnósticos e das organizações sociais (OSs), entre outras medidas administrativas, a Secretaria Estadual de Saúde nunca mais necessitará utilizar-se dessa solução, tomada uma só vez em momento de desespero.
Goiânia, 15 de maio de 2012
Gabinete de Imprensa da Governadoria
Isanulfo de Abreu Cordeiro
Assessor Chefe
A nota dá reforço político ao responsável pela saúde do Estado de Goiás, Antônio Faleiro,s quando o governador declara a “confiança no profissionalismo, na ética e no espírito público do secretário”.
Por outro lado, Marconi Perillo assume a responsabilidade pela decisão de compra de medicamentos, de forma direta, ao afirmar, na nota, que “o governador tinha duas opções: aguardar esse período todo até que os procedimentos se exaurissem – e centenas de pacientes em estado grave, em consequência, morressem – ou, em caráter emergencial e excepcional, buscar salvar vidas humanas realizando as aquisições com regularização de despesas“.
Por causa deste fato, o secretário Faleiros sofre inquérito movido pelo Ministério Público.
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