O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), dividiu em dois o inquérito que investiga o presidente Michel Temer e o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG).
Fachin vai continuar relator da investigação que envolve Temer e o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), filmado pela Polícia Federal recebendo mala com R$ 500 mil entregue por um delator da JBS.
Ele determinou que a investigação sobre Aécio e sua irmã, Andrea Neves, seja sorteada para outro relator.
Na semana passada, a defesa de Temer pediu ao Supremo que separasse as investigações. Os advogados alegaram que não há conexão entre os atos apontados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) relativos ao senador e ao presidente.
Para a Lava Jato, não é possível separar as condutas de Temer e de Rocha Loures na investigação. Conforme antecipou a Folha de S.Paulo, a PGR busca denunciar o presidente Michel Temer ao STF com base na mala de dinheiro entregue pela JBS a Rocha Loures.
Fachin determinou ainda que outro inquérito, que apura as condutas do procurador Ângelo Villela, preso na operação Patmos, em 18 de maio, seja enviado ao TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), uma vez que ele não tem foro privilegiado no STF. (Folhapress)
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