Pela primeira vez, a live semanal do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi derrubada pelas plataformas Facebook e Instagram. A razão seria a política da empresa que vai de encontro às falas do chefe do Executivo ditas numa transmissão referente à vacina contra a covid-19 associada a casos de aids.
As pessoas que porventura desejam assistir ao vídeo do presidente não conseguem mais encontrá-lo em nenhuma das redes, pois foram excluídos. Bolsonaro realiza uma live às quintas-feiras, à noite, e costuma divulgar os trabalhos do governo e às vezes narra algum tema polêmico. Desta vez, as empresas entenderam que ele feriu o regulamento delas, por isso a exclusão do vídeo.
“Nossas políticas não permitem alegações de que vacinas da covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas”, alegou o porta-voz da companhia. A decisão de derrubar a live ocorreu neste domingo (24), quase três dias após a transmissão.
A fala do presidente afirmando que pessoas que tomaram duas doses do imunizante contra o novo coronavírus no Reino Unido estão desenvolvendo aids. Ele trouxe o tema à luz e, antes, havia anunciado esse assunto como algo ‘grave’.
O político pega algo que lembra um jornal impresso e acrescenta que já tinha aludido ao assunto em outro momento e afirmou que, à época, “apanhou muito” por falar do tema.
“Relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados (15 dias após a segunda dose) estão desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (aids) muito mais rápido que o previsto. Não vou ler aqui porque posso ter problemas com a minha live”, disse.
A microbiologista Natalia Pasternak, por exemplo, usou suas redes sociais para ressaltar que nenhuma vacina, não apenas que protege contra a covid-19, faz com que as pessoas desenvolvam aids.
Também outra manifestação contra o presidente foi do médico e pesquisador de saúde Daniel Dourado.
“Não existe nenhuma possibilidade de a vacina causar aids, zero. Qualquer que seja a vacina. É isso que precisa ser divulgado de forma clara e direta”, disse.
Até o momento desta publicação, o presidente Bolsonaro não havia se manifestado referente à decisão das plataformas.
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