Uma explosão no metrô de São Petersburgo, no oeste da Rússia, deixou ao menos dez mortos e 39 feridos nesta segunda-feira (3). O incidente é tratado pelas autoridades como um atentado terrorista.
A explosão ocorreu em torno das 14h40 locais (às 8h40 em Brasília) entre as estações Sennaya Ploschad e Tekhnologitchesky Institut.
Um artefato explosivo estava escondido em uma mala e coberto por estilhaços, segundo a imprensa local. A técnica é utilizada para maximizar o dano.
Uma bomba foi também encontrada embaixo de um extintor de incêndio em outra estação e desativada. O sistema de metrô da cidade foi interditado.
A agência de notícias local Interfax noticiou, citando fontes anônimas, que os responsáveis pela explosão foram gravados por câmeras de segurança. As autoridades buscam dois suspeitos.
Circulam imagens em que é possível ver os destroços em uma plataforma e algumas vítimas estendidas no chão ensanguentado.
A porta de um dos vagões foi retorcida pela explosão.
Em um vídeo, passageiros tentam resgatar pessoas de dentro do trem enquanto algumas delas saem pelas janelas.
O sistema de metrô de São Petersburgo transporta mais de 2 milhões de pessoas ao dia. A explosão, no entanto, ocorreu durante um momento de pouca movimentação.
Putin
O presidente russo, Vladimir Putin, estava em São Petersburgo -a segunda cidade em tamanho na Rússia- para uma reunião com o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko. Ele foi informado sobre a explosão.
Putin afirmou que ainda é “muito cedo” para determinar o que causou o incidente, mas a ação poderia ser “criminosa ou terrorista”. Ele disse que está em contato com seus serviços de segurança e ofereceu condolências às famílias das vítimas.
O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, descreveu por sua vez a explosão como um “ato terrorista” e prometeu assistência aos feridos.
As autoridades da cidade decretaram três dias de luto a partir de terça-feira (4).
O presidente dos EUA, Donald Trump, referiu-se à explosão como uma “coisa terrível que está acontecendo em todo o mundo”. Outros representantes internacionais, como o chanceler britânico, Boris Johnson, demonstraram solidariedade.
Na sequência da explosão, o governo francês anunciou que vai reforçar suas próprias medidas de segurança.
Houve sérios atentados na França durante os últimos anos, como aquele que deixou 130 mortos em Paris, em novembro de 2015. (Folhapress)
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