26 de dezembro de 2024
Polêmica

Exército barra indicação de ex-ajudante de ordens de Bolsonaro para o batalhão de Goiânia

A indicação teria sido o estopim para a demissão de Júlio César Arruda do Comando do Exército
O ex-presidente Jair Bolsonaro ao lado de seu ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid(Foto: Secom)
O ex-presidente Jair Bolsonaro ao lado de seu ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid(Foto: Secom)

O novo comandante do Exército, Tomás Miguel Ribeiro Paiva barrou a indicação do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid de assumir o comando do Batalhão de Ações do Comando de Goiânia. As informações são da CNN desta terça-feira (24/01).

Cid é investigado por Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de envolvimento no vazamento de informações sigilosas que investigam um suposto ataque hacker no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ele também era aliado de primeira hora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com reportagem do jornal Metrópoles, Bolsonaro tinha uma estreita relação com o tenente-coronel do Exército, Mauro Cesar Barbosa Cid, que acompanhava o presidente diariamente e era responsável pelo pagamento das contas da família Bolsonaro.

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A reportagem aponta que as investigações comandadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) podem apontar graves suspeitas de um esquema de Caixa 2 no Palácio do Planalto onde Cid teria envolvimento direto.

As investigações apontam fortes indícios de lavagem de dinheiro. Além dos montantes de dinheiro sacados do cartão corporativos e usados pela equipe da presidência, aparecem também valores de saques feitos por militares ligados a Cid, lotados em quartéis fora de Brasília.

A posse de Mauro Cid para o comando Batalhão de Ações e Comandos de Goiânia, uma unidade de Operações Especiais da Força foi o estopim para a saída do general Júlio César Arruda do Comando do Exército.

Lula já havia perdido a confiança em Arruda por ter visto certo grau de leniência em sua postura diante dos atos terroristas que vandalizaram os Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro. Arruda também resistiu que a posse de Cid fosse demovida.

Ao comprar briga pelo ex-ajudante de Ordens de Bolsonaro, Arruda terminou de sacramentar a perda da confiança. Oficialmente, de acordo com o jornalista Valdo Cruz, da Globonews, o pedido de desistência foi um pedido de Cid para que ele tenha tempo para se defender das investigações.


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