O ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil, Antônio Palocci foi preso na 35ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã desta segunda-feira (26). De acordo com a Polícia Federal, estão sendo investigados indícios de uma relação criminosa do ex-ministro com o comando da empreiteira Odebrecht. A ação foi batizada de “Omertà”.
Segundo a Polícia Federal, são apurados os crimes de corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As apurações indicam que Palocci teria atuado de forma direta a propiciar vantagens econômicas ao grupo, tendo sido ele o próprio personagem de um grupo político beneficiado com valores ilícitos.
Palocci é acusado de delinear as tratativas entre a Odebrecht para a aprovação de um projeto de lei de conversão de uma medida provisória que resultaria em imensos benefícios fiscais e aumento da linha de crédito junto ao BNDES para uma obra na África, e contratação por meio de interferência no procedimento licitatório da Petrobras para a aquisição de 21 navios-sonda para exploração da camada do pré-sal.
As suspeitas sobre o ex-ministro dos governos do PT, surgiram na delação do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ele disse que, em 2010, Alberto Youssef, que está preso na PF em Curitiba, lhe pediu R$ 2 milhões da cota de propinas do PP para a campanha presidencial da ex-presidente Dilma Rousseff. O pedido teria sido feito por encomenda de Palocci.
Nesta fase da Lava Jato estão sendo cumpridos 27 mandados de busca e apreensão, três de prisão temporária e 15 de condução coercitiva nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.
Antônio Palocci foi ministro da Fazenda no governo Lula e chefe da Casa Civil no primeiro governo Dilma.
Leia mais sobre: Brasil
