A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta segunda-feira (22), a 23ª fase da Operação Lava-Jato, batizada de “Acarajé”. Um dos alvos desta etapa é o publicitário João Santana, que foi marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff e da campanha da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. Há mandado de prisão expedido contra ele, mas Santana está no exterior e não foi preso. 300 agentes cumprem 51 mandados, sendo 38 de busca e apreensão e dois de prisão.
No sábado, o marqueteiro João Santana teria se colocado à disposição para prestar esclarecimentos à força tarefa da Lava-Jato após o juiz Sérgio Moro negar a seus advogados o acesso às investigações envolvendo o publicitário.
Em ofício encaminhado ao juiz Sérgio Moro, o criminalista Fabio Tofic, que representa o publicitário e a mulher dele e sócia, Mônica Moura, afirmou que os dois estão dispostos a prestar esclarecimentos em qualquer investigação que envolva os seus nomes. Tofic afirma que o casal “foge completamente ao perfil de investigados” na Operação Lava-Jato.
Os investigadores da Lava-Jato encontraram indícios de pagamentos da construtora a João Santana em contas no exterior. A força-tarefa investiga se esses recursos são relativos a campanhas presidências no Brasil e no exterior.
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