26 de dezembro de 2025
Tentativa de fuga

Ex-diretor da PRF é preso no Paraguai após condenação do STF

Silvinei Vasques foi detido em aeroporto ao tentar embarcar para El Salvador
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi preso na madrugada desta sexta-feira (26), no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai, após condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a CNN, ele teria rompido sua tornozeleira eletrônica e viajado de Santa Catarina, onde mora, ao Paraguai de carro. No país vizinho, tentou embarcar com passaporte paraguaio falso em um vôo com destino a El Salvador.

Condenação

Vasques foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 24 anos e seis meses de prisão por envolvimento na trama golpista que buscou manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder após a derrota eleitoral de 2022.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), Vasques integrou um grupo que coordenou o uso indevido das forças policiais para sustentar a permanência ilegítima de Bolsonaro. Segundo a acusação, ele determinou a realização de blitzes da PRF com o objetivo de dificultar o deslocamento de eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno das eleições, realizado em 30 de outubro de 2022.

A PGR aponta ainda que Vasques participou de uma reunião em 19 de outubro de 2022, na qual teria sido discutido o emprego de operações da PRF para interferir no processo eleitoral. A ele é atribuída a declaração de que “havia chegado a hora de a PRF tomar lado na disputa”.

Durante o julgamento do chamado Núcleo 2 da ação penal da trama golpista, concluído pela Primeira Turma do STF no último dia 9, a defesa do ex-diretor da PRF afirmou que ele não atuou para impedir o deslocamento de eleitores de Lula no segundo turno.

Prisão preventiva

Vasques havia sido preso preventivamente em agosto de 2023 e permaneceu detido por cerca de um ano. Posteriormente, obteve liberdade provisória por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, condicionada ao cumprimento de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e a entrega do passaporte.

Tentativa de fuga

Segundo informações divulgadas pelo portal G1, com base em declaração atribuída ao diretor-geral da Polícia Federal (PF), Vasques deixou o Brasil sem autorização judicial após romper a tornozeleira eletrônica. Ainda conforme a reportagem, ele portava um passaporte paraguaio original com dados pessoais falsos no momento da prisão.


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