O deputado federal Fábio Ramalho (PMDB-MG), que foi uma das vozes críticas ao governo Michel Temer (PMDB) no início do ano, defendeu nesta sexta (9) que a Câmara não aceite a denúncia contra o presidente.
“Vocês sabem o problema que tive com ele [Temer] no início. […] Não cabe a gente retaliar ele em nada”, disse Ramalho durante reunião do PMDB mineiro em Belo Horizonte. “Não estamos defendendo Michel Temer, estamos defendendo um projeto de Brasil e de governo.”
“Na Câmara, a gente não foi eleito pra ser promotor, juiz, delegado. Não se trata de um julgamento jurídico, mas político”, disse Ramalho.
O deputado afirmou ainda que a questão jurídica pode esperar, mas as reformas são urgentes, referindo-se às reformas da Previdência e trabalhista. Em Brasília, deputados têm articulado um movimento para que o presidente da Casa, Rodrigo Mais (DEM-RJ), substitua o presidente.
O desentendimento entre Ramalho e o governo federal surgiu pela reivindicação de um ministério para a bancada mineira do PMDB. O deputado afirmou que Temer chegou a oferecer a pasta, mas a bancada preferiu não ampliar o número de ministérios.
O deputado federal Newton Cardoso Júnior (PMDB-MG), também presente na reunião, endossou Ramalho e afirmou ser preciso “preservar a liturgia do cargo” do presidente da República.
Segundo Newton Jr., a bancada do PMDB de Minas está unida na defesa de Temer.
INIMIGO DE MINAS
O ex-governador de Minas Newton Cardoso, por sua vez, afirmou que Temer tem sido “inimigo de Minas”.
“Temer vai cair porque não tem capacidade de organizar o país”, disse.
Newton também criticou o senador Aécio Neves (PSDB-MG): “canalha, ladrão, vai ser preso”.
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