12 de agosto de 2024
Mundo • atualizado em 13/02/2020 às 09:17

EUA confirmam vitória em Mossul; retomada revela cidade destruída

Um dia após o governo do Iraque proclamar vitória, os Estados Unidos confirmaram nesta segunda-feira (10) a retomada de Mossul do Estado Islâmico (EI).

Apesar das comemorações, os primeiros relatos indicam que os nove meses de conflito deixaram a cidade iraquiana quase totalmente devastada. Em algumas das áreas mais afetadas, nenhum prédio escapou dos danos causados pelas batalhas.

Nesta segunda, o premiê do Iraque, Haider al-Abadi, afirmou que agora a prioridade do governo é a “estabilidade e a reconstrução” de Mossul, que fora o último grande reduto do EI no país.

Para o comandante da coalização internacional liderada pelos Estados Unidos, Stephen Townsend, contudo, ainda “há uma luta dura pela frente”. A operação iraquiana de retomada da cidade contou com o apoio essencial de forças externas.

Mesmo reconhecendo a vitória como um golpe decisivo para os rebeldes, Townsend afirmou que ela não elimina por completo o EI na região. Mais cedo, as forças iraquianas ainda encontravam focos de resistência extremista em Mossul e os confrontos continuavam.

“Eles não aceitaram a rendição. Gritam ‘não vamos nos render, queremos morrer”, disse o general Sami al-Aridhi, um dos comandantes das forças de elite de contra-terrorismo.

Além dos focos de resistência em Mossul, o EI ainda controla as cidades de Tal Afar (50 km a oeste de Mossul) e Hawija (300 km ao norte de Bagdá), bem como as zonas desérticas da província de Al-Anbar (oeste) e a região de Al-Qaïm, na fronteira com a Síria.

Crise humanitária

A campanha militar provocou também uma crise humanitária na região, marcada pela fuga de milhares de civis. Segundo a ONU, pelo menos 700.000 pessoas continuam deslocadas.

Os civis encurralados em Mossul viveram os últimos meses em “condições terríveis”, sofrendo com a falta de alimentos e a água, os bombardeios e os intensos combates, além de serem usados como escudos humanos pelos extremistas.

“É provável que milhares de pessoas continuem deslocadas por vários meses”, afirmou o Alto Comissariado para os Refugiados (Acnur) em um comunicado divulgado nesta segunda. (Folhapress)

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