07 de agosto de 2024
Política • atualizado em 12/02/2020 às 23:53

“Eu terei mais tempo para dedicar ao partido”, diz Nailton Oliveira

As eleições para a escolha do novo presidente do PMDB em Goiás estão previstas para a próxima sexta-feira (5). Entre os candidatos, está o vice-prefeito de Bom Jardim, Nailton Oliveira, que afirma a necessidade de fortalecimento do partido.

Em entrevista ao jornalista Altair Tavares, Nailton, afirmou que diferentemente do seu concorrente, o deputado federal Daniel Vilela, ele terá mais tempo para se dedicar ao partido nesse momento, por poder se dedicar ao cargo e ter mais tempo disponível para as atividades do diretório.

Nailton Oliveira, que pediu a impugnação de diretórios do partido, ressaltou que caso a comissão provisória da sigla acate o voto de diretórios “irregulares”, ele tomará medidas judiciais.

Veja a entrevista na íntegra:

Altair Tavares: Nailton, o que diferencia essa chapa que o senhor dirige, em relação a chapa que tem Daniel Vilela e outros nomes?

Nailton Oliveira: Olha, a diferença é porque eu sou candidato que representa além do partido no interior de Goiás, por outro lado, o deputado, não tenho nada contra ele, é um grande líder, um jovem, emergente na política de Goiás, mas a verdade é que as atividades do parlamentar, em Brasília, vão dificultar muito as ações do partido este ano, que é um ano de eleições importantes no nosso país, em que vamos escolher prefeito e vereador, que são os agentes políticos mais próximos do povo. E o PMDB tem que ter uma ação efetiva nesse ano de 2016, para que nós possamos fortalecer o partido, visando a eleição de 2018. Temos que eleger o máximo de prefeitos e vereadores, fortalecer o nosso partido, para que possamos realmente enfrentar a eleição para governador, deputados e senador. Por outro lado, a minha candidatura é porque eu vou ter tempo 24 horas para dedicar ao PMDB. Nesse momento, nós precisamos de alguém mais próximo, acompanhando paulatinamente o fortalecimento do PMDB no estado de Goiás.

Altair Tavares: Bom, essa é uma comparação, digamos, administrativa. Qual é a diferença política?

Nailton Oliveira: A diferença política é que eu fui prefeito três mandatos, fui presidente da Associação Goiana dos Municípios (AGM), fui presidente da Federação Goiana dos Municípios (FGM), já presidi o PMDB em Goiás, tenho uma experiência administrativa. Agora, ele foi vereador e é deputado federal. Por isso, eu acredito que qualquer um que ganhar as eleições vai estar bem representado o partido. Por outro lado, a minha ação será efetiva para que possamos fortalecer, e como depois o PMDB terá candidatos a governador, a senador, a todos os cargos. Nesse momento, nós precisamos fortalecer o partido em todo o Estado, sabendo que eu terei tempo para dedicar ao partido, haja vista, que no PMDB houve uma dissolução de todos os diretórios e criaram comissões provisórias. O presidente agora tem que visitar todo o Estado de Goiás, buscando agregar valores, trazer novos nomes para o PMDB, levar o PMDB para o meio empresarial, para o meio dos sindicatos, fortalecer esse PMDB, criar um projeto de poder para Goiás, e eu estou lá para isso, para fazer com que o nosso PMDB possa realmente se fortalecer e buscar o poder em 2018.

Altair Tavares: Nailton Oliveira, qual a análise que o senhor faz desse episódio no PMDB que teve briga, acusações de lesões corporais, tiro disparado dentro do partido e sumiço de documentos. Isso macula o processo eleitoral?

Nailton Oliveira: É lamentável que tenha chegado a este ponto. Porque as pessoas têm que entender que eu estou buscando a eleição dentro do espírito democrático. Acredito que a disputa dentro do espírito democrático é salutar para o partido, haja vista que o partido dentro de pouco tempo movimentou em todo o estado de Goiás. Agora, o que aconteceu no dia 27, no final da tarde, lá no diretório, na sede do nosso partido, não é aprovado por ninguém, é reprovado por toda a sociedade. Um partido que quero poder em Goiás, que quer melhorar a segurança, quer melhorar a educação, a saúde, quer criar um projeto, jamais pode, dentro de sua própria sede, não ter segurança, ter um atrito com bala, tiro. Eu sou contra isso. Como haver uma renovação no partido se estão usando a prática de 1930? A prática da truculência, do tiro, de tentar impedir as pessoas, intimidar as pessoas? E meu trabalho é diferente. Eu não concordo em hipótese alguma com o fato que ocorreu dentro da sede do nosso partido.

Altair Tavares: Isso pode levar a uma dúvida se essa eleição vai acontecer mesmo na próxima sexta-feira (5)?

Nailton Oliveira: Eu espero que a eleição irá acontecer. É claro que os diretórios que estão lá com documentos que não existem, incompletos, não preenchem os pré-requisitos do estatuto, já que eu acionei administrativamente, e se por ventura, não acatar, eu entrarei na Justiça. Agora, na verdade, não vai macular o pleito, vai diminuir o número de delegados significantes para manter menos de 83 diretórios que estão lícitos, que estão realmente aptos a votar, que vão votar. Aquele excesso de diretórios, que foi feito de uma hora para outra, fora do prazo e com atas que não procedem com a verdade, isso nós vamos impugnar.

Altair Tavares: Quais as provas que o senhor tem de que são formações irregulares de diretórios?

Nailton Oliveira: Tem várias atas, tem eleitores que são filiados em outros partidos, tem eleitores com duplas filiações, atas com datas diferentes uma da outra, uma data de constituição do diretório e outra de encaminhamento, comissões provisórias já vencidas, que venceram no dia 17, e aquela mesma comissão formulou um diretório e encaminhou após a data que já estava vencida, não tinha ata a encaminhar para o diretório estadual. Então esses diretórios têm que ser nulo, não ter direito a voto.

Altair Tavares: Nailton Oliveira, o senhor pediu impugnação de quais diretórios?

Nailton Oliveira: É um número significante. Tem 35 diretórios e mais 20 cidades que foi feita sim, em torno de caixa. Essas, nós vamos encaminhar para a comissão provisória do partido, para nos dar todos os diretórios e, se por ventura, a comissão acatar, nós vamos procurar o meio judicial. Agora, tem um número de cidades significantes, mas não sei nesse momento te informar. Mas tenho a lista de todos esses municípios que foi pedida a impugnação.

Altair Tavares: Qual o grau de apoio da liderança, de Iris Rezende, dona Iris Araújo, o grupo Irista, na sua chapa?

Nailton Oliveira: A verdade é que quando se fala de política em Goiás, lembra-se de Iris Rezende pela sua história. É claro que qualquer candidato dentro do PMDB gostaria de ter o apoio de Iris Rezende, enfim, de todas as lideranças. Eu quero ter o apoio de todos. Quero ser presidente não só do Iris, da dona Iris, eu quero ser presidente do Maguito, do Daniel, enfim, de todas as pessoas que congregam nesse partido. Nós estamos agora buscando uma eleição dentro do espírito democrático, eu entendo que hoje eu tenho mais condições de administrar o partido não porque eu sou melhor que o Daniel. Pelo contrário, ele é um exemplo de político, um nome novo que está surgindo na política de Goiás, a verdade é que neste exato momento, eu terei mais condições para ajudar crescer o partido. Agora, o apoio eu gostaria de ter de todos. Eu não quero governar um partido dividido, eu quero juntar todos para que nós possamos ser fortes e garantir as próximas eleições.

Altair Tavares: O fato de a eleição ter uma disputa, não um consenso, fortalece ou enfraquece o partido?

Nailton Oliveira: Eu acho que fortalece o partido, dentro do espírito democrático. Eu jamais vou sair do PMDB, caso eu venha perder a eleição, eu vou estar unido com quem ganhou, vou trabalhar dentro do partido tentando implantar minhas ideias. Não sou aquele político que usa o partido, que muda de lado igual muda de roupa. Caso eu não seja vitorioso, eu estarei ao lado do vencedor, na tentativa de implantar minhas ideia junto com ele e fortalecer o nosso partido. 

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