21 de dezembro de 2024
Brasil

Estupro coletivo: Polícia do Rio indica que adolescente foi violentada por ao menos dois grupos

Segundo nota oficial da Polícia Civil do Rio de Janeiro, divulgada neste sábado (4), a jovem de 16 anos vítima de estupro coletivo no Morro do Barão, zona oeste do Rio, “foi abusada em, ao menos, dois momentos”.

Os crimes aconteceram na manhã do dia 21, depois que a adolescente saiu de um baile funk na comunidade, acompanhada de uma amiga, de Rai de Souza, 22, e Lucas Perdomo, 20. Os quatro foram para uma casa abandonada, onde Souza teve relação sexual com a jovem, e Perdomo, com a outra menina do grupo.

Segundo a polícia, Rai está preso temporariamente e é suspeito de ter gravado o vídeo em que a jovem, desacordada, é abusada sexualmente, no entanto, ele nega. Já Perdomo, que também estava preso, foi liberado na última sexta-feira (3). De acordo com a delegada responsável pelas investigações, não havia “provas suficientes da participação dele” no crime.

Conforme reportagem do jornal Folha de São Paulo, depoimentos colhidos pela polícia revelam que por volta das 10h do sábado (21), a amiga da jovem e os dois rapazes decidiram deixar a casa, mas a adolescente preferiu ficar. De acordo com as testemunhas, a vítima estava cansada e por isso não teria ido embora com o grupo. Suspeita-se que ela estivesse sob o efeito de drogas.

Um grupo de criminosos da região teria encontrado a jovem desacordada e decidiu leva-la para outra casa, conhecida como “abatedouro”, utilizada por jovens do morro para a prática de relações sexuais.

De acordo com a polícia, o traficante Moisés Lucena, o Canário, foi quem carregou a adolescente para o imóvel. Ele já teve a prisão decretada e está sendo procurado. A vítima afirmou que se lembra de acordar sendo segurada por ele e o reconheceu por uma tatuagem no braço.

Nesta segunda casa, a adolescente teria sido violentada pelos criminosos e por outros que passavam pelo local e se juntaram ao grupo. Ainda não há confirmação de quantos homens tiveram relação com a vítima desacordada. Depois do crime, os homens abandonaram a jovem no local.

A adolescente foi encontrada, à noite, por Souza e pelo ex-paraquedista Raphael Belo, 41, que estavam acompanhados do traficante conhecido como Jefinho. Neste momento em que o vídeo divulgado na internet foi gravado. Na cenas, cerca de três homens estão no quarto com a jovem desacordada e ao menos um deles toca nas partes íntimas da garota.

Para a polícia, Souza fez as imagens que tornaram o crime público e Belo tirou uma selfie ao lado da jovem. Ambos estão presos, mas negam terem estuprado a jovem. Souza afirmou ter jogado fora o celular em que o crime foi gravado, mas a polícia encontrou o aparelho na casa de um amigo dele. O celular foi aprendido e periciado em busca de mais provas e para definir se a publicação na internet teve origem nele. O resultado da perícia será divulgado na segunda (6).

Depois de apresentar a narrativa dos eventos, a delegada Cristina Bento afirmou que tem agora o objetivo de identificar todos os autores dos abusos e a participação de cada qual nos crimes.

Além dos dois suspeitos que estão presos, a polícia procura outros quatro homens.


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