Estudantes goianos se classificaram para a disputa do prêmio nacional FIRA Brasil 2023 que será realizada em novembro, na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará. Os alunos são da escola canadense Maple Bear Goiânia e acumulam vários títulos, um deles mundial, em torneios de robótica. O último foi a premiação da etapa de Goiás do maior torneio nacional da categoria.
No total, 11 estudantes da Maple Bear, divididos em três equipes, participaram das provas: S.T.O.P e Bess (com participantes de 13 e 14 anos), e a Maple Bear, (na faixa dos 12 anos). Os jovens voltaram para casa com dois troféus de 1º lugar, nas provas DRC – Explorer e Missão Impossível; além de terem conquistado diversas medalhas de prata e bronze em outras categorias.
De acordo com Sabrina Oliveira, psicopedagoga e diretora da escola, desenvolver e trabalhar as capacidades tecnológicas desde cedo é um dos principais desafios das escolas hoje. E a robótica é uma grande aliada na hora de desenvolver nos alunos várias e importantes habilidades cognitivas e de socialização.
A psicopedagoga destaca que, cada vez mais as crianças estão tendo acesso à tecnologia, porém, essa interação com tais inovações ocorre ainda de forma muito passiva. “A criança somente consome o que já está pronto. Ela consome vídeos, ouve músicas, joga, mas não usa as várias tecnologias que tem acesso para criar novas coisas e aprender ativamente”, pontua a especialista.
No estudo ‘Relatório do futuro do trabalho’, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial [FEM], o pensamento crítico, criatividade, trabalho em equipe e capacidade de resolução de problemas complexos estão sendo e serão habilidades cada vez mais exigidas no mundo contemporâneo.
Preparação
O professor de robótica, Flamarion Gonçalves Moreira, instrutor dos classificados conta que a preparação para a competição durou mais de um mês e os alunos treinaram com muita seriedade, fazendo testes e aprimorando os conhecimentos já adquiridos. “Agora a equipe inicia a preparação para a etapa nacional, pensando novas estratégias, revendo o que foi feito e buscando novas tecnologias para superação”, conta sobre a próxima etapa.
Ainda segundo o professor, para cada aluno, o torneio é uma possibilidade de perceber que ser desafiado é uma grande oportunidade de aprendizado. “Participar de um torneio e ser premiado é uma forma de reconhecer que vale a pena todo o esforço e dedicação e de mostrar o quanto eles são capazes”.
O estudante Renzo Ribeiro Cabral, de 14 anos diz que começou a se interessar pela robótica na escola. E hoje ele celebra as conquistas junto a equipe. “É muito interessante ver como tudo se conecta. Na robótica colocamos em prática conceitos de matemática e física que estudamos na escola”, destaca o estudante que se prepara para o nacional.
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