22 de dezembro de 2024
Luto • atualizado em 19/09/2023 às 18:25

Estudante Oséias Dourado, que lutava contra um câncer agressivo morre aos 21 anos

Oséias Dourado, de 21 anos era estudante de Agronomia do Instituto Federal Goiano, de Urutai (Acervo Pessoal)
Oséias Dourado, de 21 anos era estudante de Agronomia do Instituto Federal Goiano, de Urutai (Acervo Pessoal)

Na luta contra um tumor no pâncreas desde 2022, Oséias Dourado, de 21 anos faleceu nesta terça-feira (19). O jovem era estudante de Agronomia do Instituto Federal Goiano, de Urutai. Em junho deste ano o Diário de Goiás acompanhou de perto a luta de Oséias na tentativa de um tratamento experimental nos Estados Unidos, porém o seu estado de saúde impossibilitou a tentativa.

O câncer era raro e agressivo. Conhecido também como tumor sólido pseudopapilar do pâncreas, a condição é uma lesão pancreática rara que geralmente acomete pacientes jovens e de meia-idade. No caso de Oséias, foi preciso uma cirurgia de retirada do primeiro tumor, que media 28 centímetros, e métodos contra a metástase de outros três tumores que apareceram no fígado, sem possibilidade de cirurgia.

O tratamento em que Oséias tinha sido aceito nos EUA consistia em uma Indução da Proteína de Choque Térmico guiada pelo Cérebro, realizado no BTT Medical Institute, pelo Dr. Marc Abreu, na cidade de Aventura, no Estado da Flórida, Estados Unidos. Na época a família se mobilizou para que o acadêmico tivesse chances dessa que seria a última alternativa de remissão ou estagnação dos três tumores.

Mobilização

Amigos do jovem foram os responsáveis por entrar em contato com a equipe do pesquisador de Yale, enviar os exames e fazer todos os procedimentos clínicos exigidos. O tratamento poderia custar de 39 mil dólares a 69 mil dólares, e apesar de não prometer a cura, o procedimento experimental apontava possibilidades de bons resultados e de uma nova vida para o rapaz.

Muito querido pelos familiares, amigos e professores do IF de Urutaí, Oséias teve uma grande rede de apoio onde desenvolveram uma campanha para arrecadar dinheiro e custear as despesas do tratamento e da viagem. Anteriormente apoiadores fizeram uma outra campanha para auxiliar na sua primeira cirurgia. “O Oséias era tão querido, que no final, várias pessoas foram ajudando e conseguimos pagar todos os custos do hospital e da cirurgia”, contou a amiga do jovem Kelem Mesquista em entrevista ao Diário de Goiás, em junho.

Infelizmente a luta contra o tempo a não foi suficiente, e a demora para conseguir entrevista para concessão do visto atrasou o processo. Oséias não conseguiu seguir com a viagem por já estar muito debilitado. Oséias faleceu na companhia de seus avós na cidade de Manga, interior de Minas Gerais, onde será sepultado.


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