11 de agosto de 2024
Destaque • atualizado em 15/04/2021 às 11:46

Estão montando um “balcão de negócios” na Prefeitura, afirma presidente municipal do PSD

Um dos líderes do PSD, Simeizon Silveira dispara contra gestão de Rogério Cruz: "balcão de negócios" (Foto: Arquivo/DG)
Um dos líderes do PSD, Simeizon Silveira dispara contra gestão de Rogério Cruz: "balcão de negócios" (Foto: Arquivo/DG)

É abril de 2021 mas as eleições municipais de 2020 ganharam um novo episódio. É que o PSD, partido derrotado no pleito, decidiu encorpar um processo encabeçado pelo PMN que questiona e pede a cassação do mandato do prefeito Rogério Cruz (Republicanos), que durante a campanha, era vice da chapa com Maguito Vilela (MDB). Presidente municipal da legenda democrata, Simeyzon Silveira reitera que houve fraude eleitoral durante o processo: “Nós discutimos o segundo turno com quem? Não houve discussão, não houve debates, não houve nada”, indagou em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia, nesta quinta-feira (15/04). Para ele, estão montando um “balcão de negócios” na Prefeitura e isso precisa ser “demonstrado”.

Silveira destaca que são vários os motivos pelos quais o PSD neste momento pretende endossar a ação do PMN. Para ele, houveram irregularidades em todo o processo eleitoral. “Totalmente fora do padrão normal e da legalidade”, ponderou. A primeira situação irregular ocorreu durante a campanha com após a internação do candidato Maguito Vilela.

“A lei determina que o candidato precisa ter a condição civil de disputar a eleição. Nós tínhamos um candidato que era o Maguito Vilela que não tinha condições de disputar a eleição. Isso foi claro e notório, não houve a substituição do candidato e não houve candidato porque o candidato oficial estava sem condições cíveis. Não houve a substituição e nós não discutimos a cidade com ninguém. No segundo turno, esconderam o vice, não deixaram ele debater a cidade e o candidato estava sem condições cíveis. Essa já é uma situação que já fere a lei”, justificou. A segunda aconteceu durante a posse do então prefeito Maguito Vilela (MDB).

Para Simeyzon, a lei não foi cumprida durante a cerimônia que empossou Vilela: algo “totalmente sem precedentes no Brasil”. “Não houve assinatura de termo de posse. Houv um acordo que o candidato apareceria virtualmente, isso não aconteceu. A posse foi algo única no pais que nunca havia acontecido, uma posse sem que o candidato assinasse o termo de posse, sem que o candidato estivesse presente e fizesse o juramento. Não houve posse. Uma série de erros num processo tão importante que deve cumprir ritos tão bem estabelecidos e esses ritos não foram cumpridos. A lei não foi cumprida”, ponderou.

“Balcão de negócios”

Para o PSD e Simeyzon, há uma clara preocupação com os rumos que Goiânia está sendo levada com a gestão de Rogério Cruz e do Republicanos. A cidade está assistindo a gestão do Paço virar um ‘balcão de negócios’, pondera. “Estamos muito preocupados com isso. Isso é algo sem precedentes em Goiânia. Estamos assistindo algo que o próximo gestor quando chegar vai lidar com uma série de situações complicadas de desconstruir. É uma gestão precisa ser questionada. Já tem indícios muito claros no inicio do processo que nos preocupa muito. Muito fora daquilo que a população espera que a nova política exige, esse balcão de negócios montado precisa ser demonstrado urgentemente. Isso é um perigo imenso para a cidade, a administração.”

Simeyzon relembra que a ruptura que culminou com a debandada do MDB da Prefeitura já era prevista por seu partido. “Tudo aquilo que alertamos aconteceu inclusive a ruptura. Não é uma questão se vai haver um rompimento, a questão é quando iria acontecer esse rompimento. Todos nós sabíamos que isso iria acontecer: a questão era quando ele iria acontecer. E nós sempre falávamos que esse rompimento aconteceria no primeiro ano. Era o que acreditávamos. O que não acreditávamos que aconteceria nos primeiros dias como aconteceu, tudo muito rápido. Tudo aquilo que alertavamos lá atrás que não teriamos um prefeito com envergadura política e conhecimento para administrar Goiânia, que haveria essa ruptura e a administração seria comprometida. Tudo aconteceu na íntegra. Não foi em partes.”

Cortina de fumaça

O presidente ainda relembra que o partido foi mal interpretado quando fez esses alertas na época das eleições. “Fomos acusados de desejar a morte de Maguito”, relembra. “Todos nós sabemos que não era aquilo. O Maguito era uma pessoa que nós admiramos, amigos. O próprio Daniel, fui vereador e deputado com ele, porém o processo estava sendo comprometido. Foi justamente o que aconteceu”, pondera.

Para ele, tudo não passou de uma cortina de fumaça para esconder o que o partido queria mostrar: o vice da chapa concorrente que venceu as eleições. “O pior cenário que existe num cenário eleitoral é a comoção porque a comoção gera uma cortina de fumaça e escondia muita coisa e aí quando nós iamos falar aquilo que realmente estava acontecendo nos acusavam de estar desejando a morte do Maguito”, ponderou.

Por fim, Simeyzon, houve fraude nas eleições? “É o que nós entendemos e já falávamos isso nas eleições. Não é nada novo. Já falamos isso no processo eleitoral e fomos mal compreendidos. Estava acontecendo uma fraude eleitoral. O candidato não existia. Ele estava incapacitado civelmente de disputar uma eleição e não houve substituição do candidato. Nós discutimos o segundo turno com quem? Não houve discussão, não houve debates, não houve nada.”


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