10 de agosto de 2024
Saúde pública • atualizado em 27/06/2024 às 12:34

“Estamos trabalhando para resolver a situação”, frisa Rogério Cruz sobre crise do Samu

O prefeito descartou a terceirização do serviço, com a afirmativa de estar tratando da "gestão" do atendimento em Goiânia. O telefone do Samu encontra-se fora de atendimento desde o último sábado (22) e autoridades goianas procuram o Ministério da Saúde para tentar solucionar os problemas.
Foto: Reprodução
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Durante apresentação de estação modelo do BRT Norte-Sul, na manhã desta quinta-feira (27), o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, afirmou estar trabalhando para solucionar a atual crise do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Goiânia.

Em entrevista coletiva, o gestor disse que havia uma dúvida para ser sanada com o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), o que, segundo Cruz, já foi esclarecido. “Agora estamos em fase final de conclusão do processo que vai garantir para que as unidades sejam alugadas e tenhamos o apoio das unidades e de instituições que trabalham em apoio ao Samu em todo o Brasil”, disse.

De acordo com o prefeito, a administração está “caminhando para resolver a situação do Samu com novas viaturas de motoristas, como também a questão do atendimento ao público”. Questionado pelo editor-chefe do Diário de Goiás, o jornalista Altair Tavares, sobre uma possível terceirização, Rogério Cruz ponderou não existir tal hipótese. “Não se trata de terceirização. Isso é gestão, diferente de terceirização do serviço. Estamos falando de gestão do Samu em Goiânia, através de outros negócios que estamos fazendo”, sublinhou.

Crise no Samu

Nos últimos dias, nem mesmo os telefones do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência encontram-se em funcionamento. De acordo com o Sindicato dos Médicos de Goiás (Simego), há denúncias de que o atendimento telefônico, realizado pelo 192, está indisponível desde o último sábado (22).

“O Simego recebe com preocupação a denúncia de que desde o último sábado (22), o atendimento telefônico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Goiânia, não está funcionando. A população da capital e região metropolitana que precisa do atendimento pré-hospitalar tem relatado inúmeras tentativas frustradas de contato com o serviço de emergência, resultando em situações de risco para a saúde e segurança de diversos cidadãos”, frisou, em nota, a entidade.

A reportagem do Diário de Goiás tentou contato com o serviço, por meio do telefone 192, na tarde desta quarta-feira (26) e manhã desta quinta-feira (27) Quando a chamada completa, a mensagem é de que o número chamado não está atendendo e não possui caixa postal.

De acordo com o Simego, a Prefeitura de Goiânia e a SMS já foram informadas sobre o problema e estão cientes da gravidade da situação. No entanto, reforça a denúncia, até o momento não houve uma solução definitiva para restabelecer o atendimento adequado.

Ministério da Saúde

A deputada federal e pré-candidata à Prefeitura de Goiânia, Delegada Adriana Accorsi (PT), reuniu-se com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, para tratar dos problemas relacionados ao serviço, acompanhada do deputado estadual Mauro Rubem (PT), e a presidente do Sindisaúde, Néia Vieira.

A parlamentar afirmou ter clamado, na ocasião, “pela retomada dos investimentos no SUS em Goiânia” e mais recursos para a saúde da capital. “Buscamos soluções viáveis para garantir que o Samu de Goiânia continue a operar de maneira eficaz. Nosso compromisso é com a saúde e o bem-estar da população goiana e não mediremos esforços para reverter essa situação”, frisou a parlamentar.

De acordo com o Sindisaúde, ficou acordado que a equipe do Ministério da Saúde virá a Goiânia para discutir a situação com a Secretária Municipal de Saúde (SMS) , o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), sindicatos e trabalhadores da área.


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