12 de agosto de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:42

Estado de São Paulo tem três mortes confirmadas por febre amarela

A Secretaria do Estado da Saúde confirmou nesta segunda-feira (23) a morte de três pessoas por febre amarela no Estado de São Paulo, sendo um caso importado de Minas Gerias e dois autóctones (transmissão local).

A pessoa que contraiu a doença em Minas Gerais, segundo a pasta, mora em Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo. Já as outras duas pessoas mortas moravam no interior paulista: Batatais e Américo Brasiliense.

A secretaria investiga ainda dez casos de febre amarela silvestre de pessoas que estiveram no Estado de Minas Gerais -três desses morreram. As análises são realizadas pelo Instituto Adolf Lutz, em São Paulo.

Em 2016, São Paulo registrou duas mortes ocasionadas por febre amarela silvestre: uma em abril, no município de Bady Bassit (infecção teria ocorrido na “mata dos macacos”, no município de São José do Rio Preto), e outra em Ribeirão Preto, também em área próxima à mata.

De acordo com a pasta, o Estado recebeu este mês mais de 400 mil doses da vacina do Ministério da Saúde. No último semestre de 2016, foram 1,7 milhão de doses. Em dezembro, as Secretarias Estaduais de Estado da Saúde e do Meio Ambiente começaram a trabalhar em conjunto para monitorar e garantir maior agilidade na identificação de possíveis casos.

Desde o ano passado até o dia 16 de janeiro, foram confirmadas 24 epizootias (situação de adoecimento ou óbito) de primatas não humanos para febre amarela, correspondente a 31 primatas, nas regiões de Ribeirão Preto, Barretos, Franca e São José do Rio Preto.

Recomendação

De acordo com o ministério, 19 Estados brasileiros já têm recomendação para a vacinação, e em janeiro 650 mil doses foram distribuídas como parte da rotina do calendário nacional de vacinação.

No ano passado, segundo a Saúde, foram repassadas mais de 16 milhões de doses da vacina para todo o país, e em 2017 outras 25 milhões de doses foram compradas. O Brasil, salientou o ministério, é exportador de vacinas de febre amarela.

A recomendação do Ministério da Saúde é que as pessoas que forem viajar para as áreas afetadas se vacinem contra a doença, mas essa não é uma obrigação, ou seja, não haverá fiscalização.

No caso de crianças até cinco anos que residam em áreas de risco ou viajarão para essas regiões afetadas, a recomendação da pasta é uma dose da vacina aos 9 meses de idade e outra dose de reforço aos quatro anos.

Para adultos que vão viajar para áreas afetadas, a recomendação é tomar vacina pelo menos 10 dias antes da viagem, caso seja a primeira vez.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que cada pessoa tome somente uma dose da vacina na vida contra a febre amarela, mas por precaução o Ministério da Saúde recomenda duas doses.

Surto em Minas Gerais

O surto de febre amarela em Minas Gerais causou uma corrida pela vacina contra a doença na rede de saúde da capital paulista. A Secretaria Municipal da Saúde, da gestão João Doria (PSDB), disse que o número de doses aplicadas em dezembro do ano passado cresceu 13% em relação ao mesmo mês de 2015.

Na última sexta (20), a Secretaria do Estado de Saúde de Minas Gerais confirmou a morte de 25 pessoas em decorrência do surto de febre amarela no Estado.

As mortes foram registradas nos municípios de Ladainha (8), Ipanema (3), Piedade de Caratinga (2), São Sebastião do Maranhão (2), Itambacuri (2), Malacacheta (2), Teófilo Otoni (2), Imbé de Minas (1), Ubaporanga (1), Poté (1), Setubinha (1).

Balanço da secretaria aponta 272 casos suspeitos de febre amarela silvestre no Estado, desses, 47 já foram confirmados. O Ministério da Saúde afirmou que além desses casos confirmados, há 71 mortes e 154 casos suspeitos ainda sob investigação. Além disso, diz o ministério, os casos continuam concentrados na mesma região de mata silvestre dos 39 municípios mineiros com notificações de casos suspeitos.

O ministério informou que já enviou ao Estado mais de 2 milhões de doses extras de vacina contra febre amarela e que 350 mil serão encaminhadas no início da próxima semana.

Folhapress

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