16 de agosto de 2024
Cidades

Estado anuncia medidas para evitar desabastecimento de água na Grande Goiânia

Secretário e superintendente da Secima em coletiva de imprensa (Foto: Samuel Straioto- Diário de Goiás)
Secretário e superintendente da Secima em coletiva de imprensa (Foto: Samuel Straioto- Diário de Goiás)

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O período de seca no ano passado foi bastante crítico na Região Metropolitana de Goiânia. Faltou água em vários bairros da capital e de cidades vizinhas durante a estiagem. Para evitar que a situação se repita em 2018, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima) anunciou medidas como aumento na fiscalização, ações de educação ambiental e recuperação das nascentes que estão mais degradadas.

“Por justamente estarmos com antecedência não queremos que isso (seca) ocorra. Todas as medidas possíveis estão sendo tomadas. Pontuamos bastante medidas para que isso não ocorra”, declarou o titular da Secima, Hwascar Fagundes.

Outorga

Praticamente toda a Bacia do Rio Meia Ponte já está outorgada. É permitido a liberação de até 3455 litros/ segundo e já há a outorga para 3266 litros por segundo, o que corresponde a 94,53%. Deste total, 79,28% é relativo ao abastecimento público de água.

A Saneago tem autorização para captar até 2300 litros por segundo.  De acordo com a Secima, boa parte das licenças é relativa a irrigação; A captação para este tipo de finalidade chega em todo o Rio Meia Ponte a 522, 59 litros por segundo.

Portaria foi divulgada pela Secima para regulamentar o uso da água no período de estiagem e evitar baixíssima vazão na Bacia do Meia Ponte, fato em que ocorreu no ano passado. Para se ter ideia, no ponto mais crítico do manancial, entre a Estação de Tratamento de Água Jaime Câmara, no Bairro da Vitória, em Goiânia, até a foz do Ribeirão João Leite, havia apenas 800 litros por segundo.

Fiscalização

Para verificar se realmente a captação de água não está acima do que foi permitido na concessão da outorga, o secretário de Hwascar Fagundes explicou que hidrômetros serão instalados pelos licenciados. O prazo para colocação dos instrumentos vai até 8 de junho. O custo será de responsabilidade dos autorizados. Cada equipamento varia de R$ 200 a R$ 15 mil.

Além da outorga outro ponto a ser observado em ações de fiscalização realizadas pela Secima ao longo da Bacia do Meia Ponte é em relação aos barramentos ao longo do rio. Hoje há 63 barragens em todo o curso, mas cerca de 20 não têm o que se chama de “Barragem de Fundo”, que permite a liberação de água durante o período de estiagem, pelo fundo da estrutura.

“Vamos fiscalizar e verificar essas utilizações. Essas medidas como a instalação de hidrômetro é justamente para que a gente possa verificar o que foi utilizado. Absolutamente todos que têm captação direta terão que instalar o hidrômetro”, afirmou o secretário.

Outras medidas

De acordo com o secretário, além da fiscalização também haverá o plantio de mudas em toda a bacia. Estão previstas inicialmente 1 mil em Goianira, 2 mil em Brazabrantes, 1 mil em Nova Veneza. Trabalho de Educação Ambiental será feito nestes e em outros pontos cujas matas ciliares estão bastante degradadas. As ações fazem parte de um programa coordenado pela Secima que se chama Meia Ponte Para Todos.

A Saneago deverá instalar estações pluviométricas até 31 de dezembro em todo o curso do Meia Ponte. A intenção é de medir os níveis de água, a vazão e a velocidade ao longo de toda a bacia, desde a nascente até a foz no Rio Paranaíba, na cidade de Bom Jesus de Goiás, no sul goiano.

Chuvas

Hwascar Fagundes destacou que as medidas são necessárias já que os índices pluviométricos de 2018 são bem semelhantes aos de 2017, apesar de um aumento na intensidades das chuvas nos meses de fevereiro e março.


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