O atual presidente do Sindicato dos Caminhoneiros (Sindicam) de Ourinhos (SP), Ariovaldo de Almeida Silva Junior, conhecido por ter sido um dos líderes da greve dos caminhoneiros de 2018, foi preso pela Polícia Civil de São Paulo, na sexta-feira (12). Ele é suspeito de chefiar um esquema criminoso de furto e adulteração de cargas de grãos.
A prisão ocorreu em um apartamento na cidade de Santos (SP). Segundo a Polícia Civil, Ariovaldo estava foragido e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.
“Operação Ceres”
A investigação é um desdobramento da Operação Ceres, conduzida pela Polícia Civil de Ourinhos, que revelou que o grupo criminoso cooptava caminhoneiros para desviar rotas, descarregar parte da carga original de grãos e depois completar os caminhões com produtos adulterados antes da entrega no Porto de Santos.
A Operação Ceres foi realizada no início do ano em Ipaussu (SP). Na época também houve a prisão de suspeitos em Salto Grande (SP), apontados como integrantes do mesmo esquema de furto de grãos, adulteração de cargas e associação criminosa.
O governo de São Paulo divulgou a prisão do líder da quadrilha, mas não citou o nome de Ariovaldo e nem sua participação na greve de 2018.
Nas redes sociais, a prisão repercutiu, compartilhada especialmente por perfis classificados como de esquerda. Nas últimas semanas, Ariovaldo novamente ganhou destaque nacional por convocar uma “greve fake” de caminhoneiros contra a prisão do ex-residente Jair Bolsonaro, condenado por tentativa de golpe de Estado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A reportagem não localizou a defesa de Ariovaldo de Almeida Silva Junior. O espaço está aberto para a manifestação.
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