Em 2025 os empregadores terão até a última sexta-feira do mês, dia 28 de novembro, para efetuar o pagamento da primeira parcela do 13º salário aos trabalhadores com carteira assinada. A data limite, dia 30, cai em um domingo, dia da semana em que não há compensação bancária. Por isso os empregadores precisam antecipar os depósitos para o dia útil anterior.
Oficialmente denominado de “Gratificação de Natal para os Trabalhadores”, o 13º foi instituído pela Lei 4.090 de 1962 e garante que todos os trabalhadores com carteira assinada tenham direito a um salário extra no final do ano.
Primeira e segunda parcela
Para equilibrar, ele é dividido em duas parcelas. A primeira parcela corresponde a 50% do salário bruto, acrescida da média dos adicionais recebidos ao longo do ano, tais como horas extras e adicionais noturnos, sem a aplicação de descontos de INSS ou Imposto de Renda.
Já a segunda parcela do 13º vem mais enxuta porque está sujeita aos descontos legais. Ela deve ser quitada até o dia 19 de dezembro, já o prazo limite é dia 20, que este ano também cairá em um sábado.
Para quem trabalhou menos de 12 meses, o valor pago é proporcional ao tempo de serviço. Entretanto, para que o mês seja contabilizado, é necessário que o funcionário tenha ao menos 15 dias trabalhados no período.
Como calcular seu 13º
Para calcular quanto vai receber, o trabalhador precisa verificar seu salário bruto mensal. Essa informação está disponível na Carteira de Trabalho Digital. Depois, basta dividir esse valor por 12 e, então, multiplicá-lo pela quantidade de meses trabalhados.
Por último, é preciso dividir esse número por dois para chegar ao valor da primeira parcela do 13º salário.
É importante lembrar que auxílios de caráter indenizatório, como vale-transporte e auxílio-alimentação, não fazem parte deste cálculo
Educação financeira
Em Goiás, a presidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRCGO), Sucena Hummel, ressalta a importância de os trabalhadores não encararem o benefício apenas como uma oportunidade de consumo, mas como uma chance de organizar as finanças e iniciar o próximo ano com mais tranquilidade.
Neste sentido, ela orienta: “O 13º salário é uma excelente oportunidade para colocar as contas em dia, formar uma reserva financeira ou se preparar para os gastos de início de ano, como IPVA, IPTU e material escolar. O ideal é planejar-se: destinar uma parte para quitar dívidas, outra para poupança ou investimentos, e só então pensar em consumo. O uso consciente do dinheiro garante equilíbrio financeiro e evita endividamento”.
Ainda de acordo com a presidente do CRCGO, uma gestão responsável do benefício contribui não apenas para a estabilidade individual, mas também para a sustentabilidade econômica das famílias. “O descumprimento dos prazos de pagamento por parte das empresas pode resultar em penalidades administrativas e trabalhistas, conforme a legislação vigente.
Leia mais sobre: 13º salário / DireitosTrabalhistas / Educação Financeira / Economia

