14 de setembro de 2024
NATUREZA

Especialistas avaliam que El Niño entra na fase final, mas efeitos ainda devem ser sentidos

Anomalias causadas pelo El Niño devem perder intensidade ao longo de fevereiro
Entre 2023 e 2024, a temperatura das águas chegou a superar os 2°C. (Foto: NOAA)
Entre 2023 e 2024, a temperatura das águas chegou a superar os 2°C. (Foto: NOAA)

O El Niño deve estar na fase final, mas os efeitos devem ser sentidos até abril, segundo os meteorologistas. A expectativa é que as anomalias percam a intensidade ao longo de fevereiro e março e que as temperaturas do Oceano Pacífico voltem ao normal entre abril e maio. O El Ninõ é caracterizado pelo aquecimento maior ou igual a 0,5°C das águas do Oceano Pacífico, com duração média de doze meses, gerando impacto direto no aumento da temperatura global.

Entre 2023 e 2024, a temperatura das águas chegou a superar os 2°C, sendo considerado o mais forte dos últimos anos, inclusive alguns especialistas chegaram a chamá-lo de Super El Niño. De acordo com Vinícius Lucyrio, climatologista da Climatempo, esse foi o mais forte desde 2015-2015.

“Esse El Niño, além de ter sido o mais forte desde 2015-2016, chamou atenção por seu comportamento. Houve uma expansão da faixa de aquecimento do Pacífico para outras áreas que não costumavam ficar tão aquecidas em fenômenos anteriores”, afirma o climatologista.

El Niño

O pico do El Niño aconteceu entre dezembro e janeiro, em que foram registrados os maiores níveis de aquecimento do Oceano Pacífico. Mesmo depois do ápice, as temperaturas continuam evidentes.

A Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) aponta que o El Niño 3.4 segue com um aquecimento de 1,8°C, apesar de estar um pouco abaixo do pico registrado, o valor é considerado alto. A região é a faixa do Pacífico Equatorial Centro-Leste é uma das principais referências para as análises.

De acordo com Ana Lúcia Frony, meteorologista e sócia-fundadora do Climate Change Channel, o enfraquecimento ainda não pode ser visto por imagens de satélite. “As animações que mostram as anomalias da temperatura das águas não superficiais indicam o início de um arrefecimento do El Ninõ”, explica.


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