22 de dezembro de 2024
DG Entrevista • atualizado em 19/04/2023 às 09:32

Especialista em geopolítica alerta para comportamento “excessivo” de Lula em declarações diplomáticas

Avaliação é feita junto ao contexto da viagem de Lula a Ásia onde visitou parceiros comerciais e deu declarações polêmicas sobre os conflitos no leste europeu
Professor Noberto Salomão avalia últimas "jogadas" diplomáticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (Foto: Reprodução/DG)
Professor Noberto Salomão avalia últimas "jogadas" diplomáticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (Foto: Reprodução/DG)

A postura geopolítica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em que responsabiliza os Estados Unidos e a União Europeia de financiarem os conflitos no Leste Europeu, entre Ucrânia e a Rússia tem sido “excessiva” e deve ser revista, de acordo com o professor, historiador e especialista em política internacional, Norberto Salomão. “Acho que se o Brasil seguir essa linha, não iremos tão bem”, alerta.

Em entrevista ao editor do Diário de Goiás, Altair Tavares, Salomão destaca que a diplomacia brasileira, sob a égide de Lula tem sido de buscar protagonismo internacional. Comparado a um jogo em que “nem todos os lances são os mais adequados”, o petista acena para a China e a Rússia, numa intenção de fortalecer o BRICS – grupo econômico que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. 

Veja a entrevista na íntegra do professor Norberto Salomão ao Diário de Goiás:

https://youtube.com/watch?v=Z6SJCFGB5nk

Para Norberto Salomão, não há nada de errado em buscar se relacionar e estreitar laços com a China e a Rússia. O problema é o tom das declarações. “Eu acho que a posição provavelmente vai ser revista. A velha história de ‘alguém me interpretou mal’. Eu entendo que foi excessiva e tem sido excessivo algumas declarações. Nessa questão da guerra da Ucrânia o próprio secretariado ucraniano convidou Lula para ir de perto conhecer a realidade lá. A diplomacia depende que você possa ser incisivo mas não a necessidade o ataque tão frontal. Acho que se o Brasil seguir essa linha, não iremos tão bem”, descreve.


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