A secretária de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), Raquel Teixeira, divulgou nesta terça-feira (18) qual foi a Organização Social escolhida para fazer a gestão das 23 escolas estaduais e a classificação das demais.
A OS vencedora é a Grupo Transparência e Resgate Social (GTR). De acordo com a classificação, a segunda OS é o Instituto de Educação e Cidadania (IEC); terceira, Instituto Brasileiro de Cultura, Educação, Desporto e Saúde (Ibraceds); quarta, Instituto de Educação, Cultura e Meio Ambiente (ECMA); Instituto Destra de Educação (Inded).
No entanto, a OS escolhida pode ser alterada uma vez que as demais têm até dois dias para apresentar recurso. Caso seja alguém recorra, a Seduce tem até dois dias para também apresentar a resposta.
A escolha da Organização Social foi fundamentada a partir da proposta técnica e a proposta do corpo técnico, que irá orientar o processo pedagógico. “A Comissão analisou qual proposta era mais exequível, gerava mais credibilidade e certeza de que poderia funcionar e está certo. Aí foi pontuada. A OS vencedora teve um equilíbrio grande entre a pontuação da proposta técnica e a qualidade do corpo técnico”, afirmou Raquel Teixeira.
Após a decisão final, as 23 escolas passarão pelo processo de implantação. “A gente espera, claro a disposição para o diálogo e para a montagem de um ano de trabalho que signifique uma escola melhor”, ressaltou a secretária.
Recursos investidos
Ao todo, será implantada a gestão compartilhada em 18 escolas de Anápolis, duas de Pirenópolis, uma de Nerópolis, uma de Alexânia e uma de Abadiânia. O custo por aluno mensalmente que será pago à OS é de R$ 351,11, que é o mesmo valor pago pela Secretaria atualmente. Considerando os 16.569 estudantes matriculados em 2016 nestas unidades, o valor total se aproxima de R$ 5,8 milhões.
O pagamento dos servidores efetivos ainda será feito pelo Estado. “Permanecem exatamente nas escolas como estão, vinculados à folha de pagamento da Secretara”. No caso dos temporários, estes serão demitidos pelo governo estadual e recontratados pela OS.
“O temporário hoje que tem um contrato muito precário será recontratado pela Organização Social através da CLT, […] atendendo pelo menos o piso do professor, que está em torno de R$ 2,7 mil, com todas as garantias que a CLT fornece de fundo de garantia, férias, 13º, coisa que infelizmente o nosso contrato temporário hoje não tem”, explicou Raquel Teixeira.
Manifestantes
Questionada sobre os alunos que não gostaram da ideia de gestão compartilhada, a secretária informou que está à disposição para dialogar e explicar para que os estudantes tirem suas dúvidas sobre o futuro da escola.
“Convido esses alunos a acompanharem a implantação e tirarem suas próprias conclusões. É muito difícil ter uma posição pré-concebida antes de saber exatamente o que vai acontecer. Se a gente não tiver abertura para o novo, essa flexibilidade de novas experiências a gente vai sendo atropelado pelo mundo. Respeito qualquer manifestação, continuo à disposição do diálogo, da explicação. Tudo aquilo que é novo gera um pouco de insegurança”, finalizou.
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