O fornecimento de energia elétrica do Centro Administrativo Adhemar Santillo, sede da Prefeitura de Anápolis, foi cortado na tarde desta quinta-feira (21) por falta de pagamento. A medida também atingiu a Escola de Artes Oswaldo Verano e a Galeria Antônio Sibasolly, ambos no Centro da cidade. O corte, confirmado pela Equatorial Energia, ocorreu por volta das 12h, obrigando a administração a dispensar servidores no período da tarde.
Segundo a concessionária, a suspensão foi motivada por débitos que somavam R$ 401.903,17, referentes a 12 agrupamentos consumidores de responsabilidade do município, com atrasos de até 90 dias. A Equatorial informou que notificou a Prefeitura no dia 5 de agosto, dando prazo de 15 dias para quitação, conforme prevê a resolução 1.000/2024 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Apesar de ter pago a maior parte da dívida, três unidades ficaram em aberto: R$ 1.614,29 da Escola de Artes, R$ 1.002,36 da Galeria Antônio Sibasolly e R$ 32.123,33 do Centro Administrativo.
Com o fim do prazo e a inadimplência mantida, a distribuidora realizou o corte nesta quinta. Após a suspensão, a Prefeitura efetuou o pagamento dos R$ 34.739,98 pendentes e solicitou a religação, que ocorreu ainda na tarde de hoje. Mesmo assim, o episódio teve impacto imediato no funcionamento da máquina pública, já que os servidores do Centro Administrativo foram liberados.
A situação evidencia dificuldades financeiras enfrentadas pela administração municipal. Nas últimas semanas, diferentes setores relataram atraso nos pagamentos. Fornecedores de restaurantes populares chegaram a ficar três meses sem receber e foram pagos parcialmente apenas na semana passada. Bolsistas da área de cultura e esporte, empreiteiras e outros prestadores também estão entre os que aguardam repasses.
Em entrevista recente, o prefeito Márcio Corrêa (PL) reconheceu que há atrasos, mas justificou a situação alegando falta de recursos. “Se tem atraso, é porque não tem recurso”, disse. Na mesma ocasião, porém, afirmou que a Prefeitura vinha cumprindo os compromissos em dia.
O episódio desta quinta-feira contrasta com a fala do gestor e chama atenção por ter atingido diretamente a sede do Executivo municipal. A Equatorial reforçou, em nota, que a suspensão do serviço seguiu rigorosamente os procedimentos regulatórios, incluindo a notificação prévia enviada ao município.
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