O prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), é um dos defensores mais conscientes do Programa Mais Médicos, do governo federal. Ao Jornal Realidade, da Vinha FM, ele, que é vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos, definiu como “injustas” as críticas que a presidenta Dilma Rousseff (PT) tem recebido, inclusive de administradores municipais.
Maguito ainda destacou que o principal problema enfrentado pelas cidades interioranas é justamente a falta de médicos, anunciou o asfaltamento do maior bairro de Aparecida e reiterou: “A oposição precisa ter juízo para ganhar a eleição”.
Acompanhe a entrevista, feita por Altair Tavares, que também é editor do Diário de Goiás:
Está sendo lançado o asfaltamento do Buriti Sereno. Agora completa o asfaltamento do bairro?
Sim. Agora vamos fazer o asfaltamento em todo o bairro, onde há água tratada. Onde não tem, não vamos fazer porque a Caixa [Econômica Federal] não libera e essa é uma responsabilidade da Saneago.
Quais são as próximas etapas do programa de asfaltamento esse ano?
Na quinta-feira próxima vamos lançar também o Bairro Cardoso 2, asfaltamento com rede de esgoto. Também vamos asfaltar a Vila Maria, Cândida Queiroz, Santa Cecília, Bonanza, Serra Dourada 3, Comendador Walmor, Pôr do Sol, enfim, são muitos bairros que faremos esse ano e temos possibilidade de lançar outros, dependendo da água tratada.
O senhor citou que a prefeitura está asfaltando mais rápido que a água chega. Esse descompasso continua?
Infelizmente continua. A Saneago está tentando trazer o linhão do João Leite que vai resolver o problema. A concessão é da Saneago e ela que tem que se virar para universalizar isso em Aparecida.
Na condição de vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos, o senhor defendeu a contratação de médicos. Como o senhor tem acompanhando essa polêmica?
Foi um acerto da presidenta Dilma. Eu tenho certeza. Sem o médico, não acontece nada. O cidadão vai procurar o farmacêutico, se automedicar e essa não é a melhor forma. Precisa ter primeiro o médico e concomitantemente a infraestrutura. O Brasil inteiro está construindo UPAs e UBSs. A infraestrutura está sendo feita, mas sem o médico, nada vai pra frente. A pouco tempo, médicos atendiam até a cavalo nas fazendas. Tendo médico, as outras coisas aparecem. Tem que contratar, se não tiver, tem que buscar em outro lugar.
Estamos em um mundo globalizado. Se o médico fala o português e está disposto a vir, qual o problema¿ O Brasil importa tudo o que não tem.
Em meio a esse problema, na Marcha Nacional de Prefeitos, a presidenta foi vaiada. O que o senhor achou dessa situação?
Injusta. Antigamente, os prefeitos não eram nem recebidos, mesmo na época do presidente FHC. O Lula recebeu todos os prefeitos, a Dilma recebe todos os anos. Os prefeitos tem que entender que temos tido apoio do governo federal. Temos que agradecer e não vaiar.
A maternidade do Setor Boa Esperança tem um problema. Como o senhor tem tentado resolver?
Os antigos diziam que pau que nasce torto morre torto e até a cinza é torta. É uma maternidade que surgiu sem projeto arquitetônico, sem iluminação, perto do necrotério. O próprio Ministério da Saúde condenou a obra. Depois de constatados todos os problemas, ou vai demolir ou refazer os projetos e contratar outra empresa. A empresa que fez lá foi irresponsável. Todas as obras começadas no meu governo estão concluídas ou sendo concluídas.
O que o senhor quis dizer ao falar que a oposição tem que ter juízo?
Tem que parar com essas críticas agressivas e apresentar projetos importantes pro Estado. Tem que escolher o nome certo, unir forças, fazer alianças e tentar ganhar a eleição. Oposição se não tiver projeto e candidatos bons, não vence a eleição.
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