O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes no Roda Viva desta segunda-feira (9) continua sendo polêmica e está entre os principais assuntos discutidos do dia. Em uma entrevista polêmica o decano foi o convidado do programa e, na ocasião, defendeu a continuação das investigações do inquérito das fake news pelo judiciário e destacou a importância do processo para a preservação da democracia brasileira.
Apesar disso, um dos pontos mais polêmicos foi quanto o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o do ex-presidente Jair Bolsonaro foram tocados. Gilmar Mendes lembrou quando o petista foi nomeado como ministro da Casa Civil no governo Dilma, e afirmou que não se arrepende de não permitir a posse, explicando que havia um desvio de finalidade na nomeação. Ele ainda destacou que as acusações contra Lula eram combinadas entre a acusação e o ex-juiz Sergio Moro, o que ele considera muito grave.
Sobre os últimos quatro anos e da relação do ex-juiz Sergio Moro e Bolsonaro, Gilmar disse que “Curitiba gerou o Bolsonaro”. “Curitiba tem o germe do fascismo, inclusive todas as práticas que desenvolvem, investigações atípicas”, completou o ministro. Veja o trecho abaixo.
Sergio Moro, por sua vez, respondeu nas redes sociais, rebatendo o ministro. O ex-juiz, agora senador, escreveu que “não tenho a mesma obsessão por Gilmar Mendes que ele tem por mim. Combati a corrupção e prendi criminosos que saquearam a democracia. Não são muitos que podem dizer o mesmo neste país”.
Ainda sobre o inquérito 4.781, o das fake news, que completou quatro anos de existência no judiciário, Gilmar Mendes no Roda Viva deu informações sobre os desdobramentos. O texto, que tem objetivo de investigar a propagação de notícias falsas, calúnias e campanhas difamatórias contra os ministros dos tribunais superiores, além de ataques às instituições democráticas, segundo o ministro afirmou que “muito provavelmente se não fosse esse inquérito” o Brasil já teria tido um “descarrilamento institucional”.
“Acho que isso foi que inibiu o gabinete do ódio e coisas do tipo. Quando a gente acha que é hora de parar com isso, aí vem coronel Cid e vem hoje coronel Hélcio e coisas do tipo. O inquérito foi extremamente importante e vai caminhar para o desfecho do encaminhamento de denúncias”, disse o magistrado em referência aos envolvidos na Operação Venire, da Polícia Federal.
A entrevista pode ser assistida de forma completa abaixo.
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