15 de agosto de 2024
Especial

Entre a depressão e a superação

Montefusco: A depressão contribui para aumentar a carga de doenças (foto divulgação)
Montefusco: A depressão contribui para aumentar a carga de doenças (foto divulgação)

Multifatorial. Um mix explosivo de interações entre fatores genéticos e ambientais. É o mal-estar da contemporaneidade. A depressão. Os seus principais sintomas seriam a falta de energia e motivação, a ausência de prazer, com tristeza aguda, possibilidade de choros convulsivos e que abrem caminhos para chegar até o suicídio. A análise é do analista do comportamento humano, coach, Saulo Ribeiro Montefusco, de 49 anos , nascido em São Paulo e radicado, em Goiânia, a capital do Estado de Goiás. Um sobrevivente das lutas permanentes contra  as crises de pânico, a depressão, o luto e a melancolia. Desde os 14 anos de idade.

A depressão é, sim, passível de superação.

O pesquisador aponta, com exclusividade, que a depressão atingiria, hoje, no mundo, 322 milhões de pessoas. Oficial, o levantamento tem a impressão digital da Organização Mundial da Saúde [OMS], sublinha. As estatísticas traduzem que, em 10 anos, de 2005 a 2015, o número cresceu 18,4%, pontua. A prevalência do transtorno psiquiátrico na população mundial é de 4,4%, revela. O Brasil teria 5,8% da população afetada, registra. O que corresponderia a 11,5 milhões de brasileiros, dispara. O país com maior índice de depressão da América Latina e o segundo nas Américas, atrás somente dos Estados Unidos, explica ele.

Com 5,9% de depressivos.

Saulo Ribeiro Montefusco avalia que a depressão é, hoje, a principal causa de incapacidade global e contribui para a elevação da carga de doenças. Com múltiplas flutuações de humor e de respostas emocionais, analisa o especialista. Ela pode ser de curta ou longa duração, de intensidade moderada ou grave, insiste. O que pode se tornar uma crítica condição de saúde, diag­nostica.  A depressão produz sofrimento psíquico, disfunção no trabalho, na escola ou na re­lação interpessoal, amorosa, sexual ou familiar, informa. A depressão pode levar ao suicídio. 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano. Faixa etária mais atingida: de 15 e 29 anos.

A recuperação da depressão passa também pelo exercício da humildade, a aceitação da necessidade de tratamento, o término de sua vitimização e a promoção da cultura do bem.

Como notícia ruim pouca é bobagem, o Brasil é ainda recordista em Transtorno de Ansiedade. Nas ‘Terras Brazilis’ um porcentual de 9,3% da população sofrem a doença. O que corresponde a 18,6 milhões de pessoas, destaca  Saulo Ribeiro Montefusco. A ONU relata que o número de pessoas com transtornos mentais cresce a cada ano em países com desigualdades econômicas, sociais, culturais, com a elevação das manifestações de misoginia, homofobia, racismo, patriarcalismo, assim como com a instabilidade social e política e das instituições, afirma, em tom de indignação o estudioso do tema de saúde pública no Brasil, em Goiías e no mundo.

– Menos da metade das pessoas afetadas no mundo recebe tratamento especializado.

O analista de comportamento humano, adepto de técnicas como a hipnose, já utilizada por Sigmund Freud, o Pai da Psicanálise, conta que existem, hoje, em 2019, tratamentos eficazes para depressão moderada e grave. Profissionais de saúde oferecem tratamentos psicológicos, como ativação comportamental, terapia cognitivo-comportamental e psicoterapia interpessoal e até intervenção medicamentosa.  Os obstáculos ao tratamento da depressão e dos múltiplos Transtornos de Ansiedade incluem a falta de recursos, profissionais de saúde e com qualificação, experiência e antenados com os avanços das pesquisas, portanto, com leituras permanentes, assim como ao estigma social associado aos transtornos mentais, fuzila ele.

– O tratamento que leve à cura, a redução dos danos, impeça suicídios é uma realidade, hoje.

Especialista na área, terapeuta holístico e hipnoterapeuta Saulo Ribeiro Montefusco deve lançar um livro que aborda temas contemporâneos como perdas afetivas, luto, melancolia, ausência, distâncias que nos separam. Com interrogações pessoais, diz. O título é singular. Da Minha Janela. Primeiro, na plataforma E-book. Depois, no suporte impresso. Com a curadoria do  poeta, especialista em mídias digitais e ativista cultural, membro da UBE e do Conselho Estadual de Cultura, Carlos Willian Leite. Nascido em 24 de outubro de 1969, o pré-lançamento ocorrerá no próximo mês de abril. Pelo site: www.minhajanela.com . É, a cultura do bem atira.


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